Os semáforos que deveriam regular o fluxo do trânsito para permitir aos peões da Granja, Vialonga, atravessar em segurança a variante que passa no local estão avariados há mais de um ano e todos os dias dezenas de pessoas arriscam ser atropeladas sem que nada seja feito.
A maior preocupação reside nas crianças que vão para a escola e que ficam dependentes da boa vontade dos condutores em pararem para que estas possam atravessar. Quem vive na zona critica as entidades competentes por não resolverem o problema e avisam que um destes dias acontecerá um acidente. “A minha mãe tem 79 anos e já ia morrendo ali quando um condutor de um camião nem abrandou quando ela estava no meio da estrada. É desumano mas acima de tudo é perigoso”, conta a O MIRANTE Ruben Lopes, morador da zona.
Na última reunião pública da Câmara de Vila Franca de Xira, realizada na Sociedade Recreativa da Granja, o problema veio a lume pela voz do presidente da junta, José António Gomes (CDU), que conhece há muito a situação e critica o facto de nunca ninguém a ter resolvido. “A população fica com o coração nas mãos sempre que uma criança sai de casa para ir para a escola. Os semáforos estão avariados há mais de um ano. Devíamos tomar atenção a isto, é uma grande preocupação. Os pais sentem uma grande aflição sempre que as crianças saem da Granja para ir para a escola”, alertou.
O presidente do município, Alberto Mesquita (PS), diz ter tomado boa nota sobre o problema e admite que o não funcionamento daqueles equipamentos está a causar dificuldades. Explica que o funcionamento da sinalização semafórica naquele local não é uma responsabilidade do município mas sim da Infraestruturas de Portugal, a quem prometeu exigir a sua imediata reparação.
Esta não é a primeira vez que a população da Granja e autarcas de Vialonga pedem ajuda para conseguir atravessar em segurança a localidade. Tal como o nosso jornal noticiou em Janeiro, depois de várias dezenas de acidentes com peões, foram colocadas passadeiras junto à rotunda da Granja, próximo do Quintanilho, para minorar os impactos do elevado fluxo de trânsito na zona. Já na altura o presidente do município reconhecia os perigos do local e se mostrava empenhado em resolver o problema.