Quase dois anos depois de ter ido protestar à Câmara de Alcanena por causa do mau estado do caminho de acesso à sua casa, na Travessa do Portela, em Alcanena, Isabel Dias voltou à carga. Tudo porque o acesso em terra batida continua cheio de buracos. “Quando é que fazem a manutenção deste acesso?”, questionou a reformada na última reunião do executivo municipal, adiantando que nos dias de mau tempo nem com galochas lá se consegue passar. “Aquilo está cada vez pior. É um caminho de serventia pública e não pode continuar assim”, apelou.
Segundo a presidente da Câmara de Alcanena, Fernanda Asseiceira (PS), o caso não foi colocado numa gaveta e garantiu que, até à próxima semana, será colocado toutvenant (brita) no caminho e serão tapadas as valas que foram criadas para o escoamento da água acumulada das chuvas.
Isabel Dias, 67 anos, reside com o marido Mário Dias Silva, de 68, na Travessa do Portela, em Alcanena, há 24 anos. Estão ambos reformados. Na casa já viviam os seus sogros e, na altura, quando o sogro, que era uma pessoa doente, necessita de se deslocar ao hospital, os bombeiros tinham de carregá-lo na maca até ao início da travessa, pois o carro dos bombeiros não conseguia aceder à casa devido às más condições do caminho.
Recorde-se que Isabel Dias falou com O MIRANTE, em Março de 2017. Na altura, a moradora mostrava-se indignada por pagar sempre o seu IMI (Imposto Municipal sobre Imóveis) mas tanto a câmara como a junta de freguesia nunca se interessaram em resolver o caso. “O ano passado, cheguei a ter as ervas pelo meu ombro e várias vezes já lá caí”, sublinhava a reformada, desabafando que só depois de várias deslocações à câmara é que a autarquia decidiu avançar com o corte das ervas e tapar os buracos.

Saneamento básico para este ano
Outro dos assuntos que Isabel Dias se tem queixado é a falta de ligação da sua habitação ao saneamento. A presidente do município, entretanto, já veio garantir que a intervenção está referenciada pela empresa municipal Aquanena e está contemplada para o orçamento de 2020. É que, referiu a reformada, “pago há trinta anos mensalmente o saneamento e não usufruo dos serviços, não faz sentido”.