A Agência Portuguesa do Ambiente (APA) garante que os 40 choupos cortados na zona do Patacão, em Alpiarça, estão em terreno privado e desconhece quem efectuou esse corte. Perante essa situação a APA diz que não é da sua competência tomar qualquer medida. Diz ainda, em resposta a um conjunto de questões colocadas por O MIRANTE, que teve conhecimento da ocorrência através de uma denúncia da Administração da Região Hidrográfica do Tejo e Oeste e só posteriormente pela Câmara de Alpiarça, tendo-se deslocado ao local para fazer as devidas perícias.
Estas conclusões foram remetidas à Câmara de Alpiarça, tendo a APA sugerido ainda à autarquia que abordasse o proprietário do terreno para o questionar quanto a esse corte de árvores. O presidente da Câmara de Alpiarça, Mário Pereira (CDU), admitiu a O MIRANTE ter recebido essa sugestão, que não seguiu. “Entendemos que não é da nossa competência contactar o proprietário uma vez que se a APA conclui que as árvores estão no seu terreno o corte não é ilegal”, referiu a O MIRANTE o autarca.
Recorde-se que o corte dos 40 choupos gerou alguma polémica em Alpiarça. O corte foi feito por desconhecidos uma vez que não foi a câmara que procedeu a esse abate e não se sabe quem tenha sido o autor. O caso remonta a Abril de 2019.
A APA refere ainda que as árvores estavam a mais de 30 metros do limite do leito do rio Tejo, não integrando a galeria ripícola do rio, estrutura de vegetação que “deve ser mantida e densificada”, defende.