Pandemia condiciona a criação de empresas no distrito de Santarém
Primeiro semestre de 2020 regista quebra acentuada na criação de empresas. Número de novas sociedades desceu 24%.
Até Junho deste ano foram criadas menos 163 empresas do que em igual período do ano passado. O motivo foi a pandemia que, à semelhança do que acontece no resto do país, condicionou a criação de empresas no distrito de Santarém. Os números são da Associação Empresarial da Região de Santarém, que analisa mensalmente a criação de empresas no distrito. De acordo com a Nersant, no primeiro semestre de 2020 houve um decréscimo de cerca de 24% na criação de novas sociedades na região, em relação a 2019.
Neste período temporal o distrito de Santarém totalizou a criação de 520 empresas, menos 163 do que em igual período do ano passado (683). O decréscimo do número de empresas criadas na região está directamente relacionado com a pandemia Covid-19, uma vez que foram os meses de Março, Abril e Maio, que maiores quebras registaram no que diz respeito à constituição de novas sociedades. Abril foi mesmo o mês com maior decréscimo, tendo sido criadas menos 57 empresas do que em igual período de 2019. Março registou a criação de menos 41 empresas face a 2019 e Maio menos 40. Quanto aos primeiros meses do ano, Janeiro registou a constituição de menos 33 sociedades face a 2019 e Fevereiro menos 13. Segundo nota da Nersant o mês de Junho apresentou, no entanto, evolução positiva, com mais 21 sociedades constituídas face ao mesmo mês de 2019.
Analisando a criação de empresas por concelho, verifica-se que os concelhos que mais sociedades criaram no primeiro semestre de 2019, foram também aqueles que maior quebra assinalaram em igual período de 2020: Santarém, o concelho que maior número de criação de empresas registou até Junho de 2019 (121) criou menos 29 empresas do que em igual período de 2019 e Ourém, o segundo concelho mais empreendedor de 2019 (89), constituiu menos 36 até Junho deste ano.