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Bispo de Santarém defende que imigrantes não devem ser explorados ou maltratados
D. José Traquina

Bispo de Santarém defende que imigrantes não devem ser explorados ou maltratados

D. José Traquina presidiu à peregrinação de Agosto ao Santuário de Fátima e referiu que os cidadãos estrangeiros que procuram Portugal para trabalhar são uma necessidade e um bem.

O bispo de Santarém, D. José Traquina, que presidiu à peregrinação de Agosto ao Santuário de Fátima, defendeu que os estrangeiros são “uma necessidade e um bem” para Portugal e não devem ser explorados ou maltratados. Durante a homilia de 12 de Agosto, D. José Traquina afirmou que os estrangeiros devem ser acolhidos e protegidos com a mesma respeitabilidade que se deseja para os portugueses que vivem em qualquer outro país. “Devem ser informados acerca das nossas regras e hábitos de convivência, mas também ter as condições para expressarem a sua cultura”, acrescentou.
A Peregrinação Internacional Aniversária de Agosto, que começou no dia 12, integrou a Peregrinação Nacional do Migrante e Refugiado. O bispo disse ser desejável que os Secretariados Diocesanos para as Migrações desenvolvam iniciativas que tenham a ver com os migrantes portugueses no estrangeiro e também com os migrantes estrangeiros residentes em Portugal.
De acordo com um relatório recente do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras, há mais de 590 mil estrangeiros a residir em Portugal. “Esta é uma realidade para a qual a pastoral da Igreja tem de estar atenta para acompanhamento e apoio”, frisou José Traquina.
O também presidente da Comissão Episcopal da Pastoral Social e da Mobilidade Humana apelou aos fiéis para que manifestem capacidade de acolhimento e não cultivem sentimentos que não correspondem à matriz cristã de fraternidade universal.
Aludindo aos constrangimentos provocados pela pandemia de Covid-19, José Traquina referiu que “para os migrantes, houve dificuldades acrescidas”. Houve “portugueses que não puderam regressar ou sair de Portugal, os que foram atingidos pelo vírus, os que ficaram desempregados e os que experimentaram a fragilidade e a acentuada insegurança por viverem num país estrangeiro”, acrescentou.
A Peregrinação Internacional Aniversária de Agosto, que terminou no dia 13, assinalou a quarta aparição de Nossa Senhora de Fátima, que teve lugar noutra data (19 de Agosto) e noutro lugar (Valinhos).
Esta é a terceira peregrinação com peregrinos após o desconfinamento e a primeira em que estão registados grupos estrangeiros; da Alemanha, da Polónia e de Espanha.
Segundo o gabinete de comunicação do Santuário, os números ficaram longe dos registados em 2019, em que estiveram inscritos 212 grupos estrangeiros e 68 portugueses (este ano estão inscritos quatro grupos portugueses).

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