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Carteiros de Abrançalha mandaram  dois sacos de cartas para o lixo
foto DR Destinatários das cartas eram maioritariamente de Montalvo e Constância

Carteiros de Abrançalha mandaram  dois sacos de cartas para o lixo

Centenas de cartas foram encontradas no meio do campo em Abrançalha, Abrantes. Família andava a passear quando se deparou com a situação e a denunciou à PSP. Desconhece-se como é que correspondência à guarda dos Correios foi ali parar.

Uma família andava a passear ao final da tarde de quarta-feira, 12 de Agosto, na zona de Abrançalha de Baixo, Abrantes, quando descobriu centenas de cartas espalhadas num terreno ermo, junto ao viaduto da A23, que não foram entregues pelos Correios. Foi também encontrado um saco atado com um cordel com mais cartas lá dentro. Entre a correspondência transviada estavam facturas para pagar e cheques de pensões. Os destinatários eram sobretudo das freguesias de Montalvo e Constância.
Elisabete Ribeiro comunicou o caso à PSP, denunciou a situação nas redes sociais com um vídeo e contou a O MIRANTE que descobriu as cartas por acaso. Quando passeava com o marido e os filhos viram duas cabras no topo de um pilar que sustenta o tabuleiro de um viaduto de acesso à A23. Dirigiram-se ao local julgando que os animais corriam risco e precisavam de ajuda e acabaram por dar com o achado.
“Fomos dar um passeio junto à zona das quatro estradas, como é conhecido aquele local, quando vimos as cabras em perigo. Aproximámo-nos para tentar tirá-las do topo do pilar e foi aí que encontrámos as cartas. Umas ainda estavam atadas em maço e outras espalhadas pelo chão. Algumas cartas tinham a data do mês de Maio”, recorda a O MIRANTE.
A PSP deslocou-se ao local e recolheu a correspondência. “Recebi também um telefonema de um senhor que dizia ser o chefe dos CTT e que queria as cartas. Disse-lhe que teria que se deslocar à Polícia porque eles recolheram tudo”, explica. Na publicação que Elisabete fez nas redes sociais há dezenas de comentários, com várias pessoas das zonas de Montalvo e Constância a queixarem-se de não ter recebido alguma correspondência.
Contactada por O MIRANTE, a PSP confirmou a situação e que foi recuperada toda a correspondência, posteriormente entregue nos CTT de Abrantes para que possa chegar aos destinatários, ainda que com atraso. A PSP elaborou o auto de notícia que vai comunicar ao Ministério Público (MP) porque existe a possibilidade de haver um crime de violação de correspondência. Fonte policial, explicou, no entanto, que se os destinatários a quem deveriam ter sido entregues as cartas não apresentarem queixa o MP não tem possibilidade de avançar com o processo.
A empresa CTT, questionada por O MIRANTE, diz que ainda está a apurar os factos e que as conclusões vão sustentar “a tomada de medidas que se entenderem adequadas”. As correspondências recuperadas vão ser entregues aos clientes de forma personalizada.

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