No concelho de Vila Franca de Xira foram identificados pela fiscalização municipal este ano 56 locais onde habitualmente são depositados, à revelia e de forma ilegal, resíduos de demolição e construção, óleos de oficinas e outros lixos de grande dimensão que deveriam ir para aterro e valorização.
São crimes ambientais que o município ribatejano quer atacar e promete mão pesada para quem for apanhado a transgredir. Nos últimos anos, pelo menos meia dezena de indivíduos já foram alvo de contra-ordenações e o cerco vai continuar a apertar.
O MIRANTE tem dado nota das queixas de moradores de cidades e vilas do concelho que são palco destes despejos ilegais, como a zona do cruzamento da estrada da Arruda com o Sobralinho ou a zona do Adarse em Alverca.
Alberto Mesquita diz que as situações representam crimes ambientais “altamente lesivos” para o município e garante que a fiscalização municipal anda em cima dos locais referenciados. O autarca diz que a câmara municipal vai investir na fiscalização, admitindo mais pessoas para essa área. Entretanto estão em marcha reuniões com a PSP e GNR para que estas duas forças possam ajudar na fiscalização e a apanhar quem não cumpre. “Já entregámos à PSP e à GNR os locais que identificámos. Este problema dos resíduos tem de ter, da parte de todos, uma outra atitude mais dura”, avisa a O MIRANTE.
Alberto Mesquita reconhece que vai ser preciso um esforço grande para acabar com aquela que é a principal chaga ambiental do concelho e considera essa luta imprescindível. O autarca admite que muitas descargas são feitas por pessoas de outros concelhos. “Os carros abandonados são também um problema e a PSP e GNR já estão a sinalizar viaturas abandonadas para podermos intervir com maior rapidez”, anuncia.