Benavente quer que Governo siga conclusões técnicas e faça novo aeroporto no Campo de Tiro
Presidente da Câmara de Benavente diz a O MIRANTE que já chega de protelar e que chegou a hora de se construir um aeroporto de futuro para o país, que não seja apenas uma estrutura complementar, defendendo a localização da infraestrutura no seu concelho. E deixa o recado ao novo Governo para que honre as conclusões da Comissão Técnica Independente.
As conclusões da Comissão Técnica Independente (CTI), que apontam o Campo de Tiro da Força Aérea em Samora Correia, concelho de Benavente, como a opção mais bem posicionada para a construção do novo aeroporto, não deixam margem para dúvidas e por isso a escolha deve recair nessa localização, defende o presidente da Câmara de Benavente, Carlos Coutinho.
“Perante este conjunto de conclusões da CTI o governo tem caminho aberto para tomar esta decisão e tem o nosso total apoio. Benavente está disponível para servir o país. Isso exige-se em nome do respeito e credibilização da opinião publica”, refere o autarca de Benavente a O MIRANTE. Tudo o resto que se vai ouvindo, sobre soluções como Santarém, Alverca ou Montijo, são “fogo de vista e muitos interesses” em disputa na opinião de Carlos Coutinho. “Somos coerentes com a nossa posição. Respeitámos o trabalho da CTI, que foi muito importante, feito com grande qualidade, isenção e transparência. O processo foi conduzido de forma exemplar e o Campo de Tiro é a melhor solução para servir o país”, defende.
Para Carlos Coutinho, Portugal é um país de decisões adiadas e diz esperar que o novo Governo acabe de vez com o impasse e indecisões. “Num investimento desta dimensão, que já vem atrasado e onde se perdem oportunidades que são decisivas, após tantos anos de não concretização das decisões que se tomam, é extraordinário. Nenhum Governo pode pôr em causa esta solução (de Samora Correia)”, avisa.
Recorde-se que também para Francisco Oliveira, presidente da vizinha Câmara de Coruche, o aeroporto no Campo de Tiro vai servir o país e trará para os concelhos da região “a capacidade de crescermos, ter mais desenvolvimento económico, social, emprego, qualidade de vida, melhorar as ruas, estradas e pontes. Permitir tratar das fragilidades das acessibilidades e criar ligações ferroviárias. Se esta solução for a que politicamente for decidida devemos dar-nos por muito contentes e felizes”, defendeu, numa sessão pública de apresentação das conclusões da CTI, realizada em Samora Correia em Janeiro deste ano.