Presidente de Constância foge a explicações sobre crimes ambientais em que sogro também está envolvido
Sérgio Oliveira recusou-se a responder às questões de O MIRANTE sobre o crime ambiental que afecta várias famílias em Santa Margarida da Coutada. Uma delas prende-se com o facto do alegado autor do crime ser o seu sogro.
O presidente da Câmara Municipal de Constância, Sérgio Oliveira (PS), desvalorizou as várias reportagens que O MIRANTE já realizou sobre o crime ambiental que afecta várias famílias que residem em Santa Margarida da Coutada. Sabendo, através das famílias lesadas, que o alegado autor do crime ambiental é sogro do presidente do município, O MIRANTE pediu esclarecimentos por escrito a Sérgio Oliveira, mas o autarca recusou-se a responder, afirmando que não tem mais esclarecimentos a dar. O mesmo aconteceu com outras perguntas sobre o assunto, nomeadamente que diligências tem a autarquia tomado para ajudar as famílias; quantas vezes o executivo já reuniu com entidades responsáveis para arranjar soluções; com que frequência o município manda realizar análises à água dos poços contaminados e como classifica a postura do município, que tem sido muito criticado pela passividade.
*Leia a reportagem desenvolvida na edição semanal em papel desta quinta-feira, 2 de Fevereiro
O MIRANTE continua a dar voz às vítimas dos crimes ambientais sem castigo em Santa Margarida da Coutada. Várias famílias estão impedidas de cultivar nos seus terrenos por utilização ilegal de um herbicida que contaminou uma vasta área e arruinou a vida a muitas pessoas. Nesta reportagem contamos a história de João Dias e Lina Aragão, parceiros num projecto de agricultura biológica que chegou a receber dezenas de crianças em visitas de estudo.
Fernando Gaspar e Cátia Bento compraram uma casa com um terreno para cultivarem os seus alimentos e dar mais qualidade de vida ao filho que sofre de uma doença crónica grave. O sonho ficou destruído quando um vizinho utilizou, há cerca de uma década, um perigoso herbicida que contaminou os solos e a água dos poços de toda a vizinhança. Câmara de Constância e entidades ambientais não querem saber e o processo em tribunal sofre constantes atrasos.