30 organizações apelam para a defesa dos direitos humanos na Venezuela
Venezuela, Angola e China estão a violar os direitos humanos perseguindo quem quer exercer a sua cidadania
1. Angola
A Amnistia Internacional defendeu a libertação imediata pelas autoridades de cinco ativistas — Adolfo Campos, Gildo das Ruas, Tanaice Neutro, Pensador, e Neth Nahara — injustamente detidos há um ano. Três deles viram a sua saúde deteriorar-se drasticamente atrás das grades, existindo um quadro aparentemente padronizado de privação deliberada de assistência médica em diversas prisões, incluindo a alguns destes ativistas.
2. Irão
Dois anos depois dos protestos que viram pessoas no Irão desafiar décadas de opressão e discriminação baseada no género, os iranianos continuam a sofrer as consequências devastadoras da repressão brutal das autoridades contra o protesto “Mulher, Vida e Liberdade”, num contexto de impunidade sistemática dos crimes cometidos ao abrigo do direito internacional. Há uma intensificação da “guerra contra as mulheres”, para impor o uso obrigatório do véu.
3. China
As autoridades chinesas têm de pôr termo à perseguição da jornalista cidadã Zhang Zhan, declarou a Amnistia Internacional, depois de a ativista ter sido novamente detida, menos de quatro meses após ter sido libertada da prisão. Na altura da sua libertação em maio, Zhang mostrou-se preocupada com o facto de as suas publicações online estarem a ser monitorizadas pelas autoridades. A jornalista foi repetidamente levada para interrogatório policial nas semanas anteriores à sua detenção.
4. Israel/Palestina
A campanha do exército israelita para expandir significativamente uma “zona tampão” ao longo do perímetro oriental da Faixa de Gaza ocupada deve ser investigada como crime de guerra de destruição gratuita e de punição coletiva, segundo uma investigação da Amnistia Internacional. Numa outra investigação, a AI revela que as forças israelitas não tomaram todas as precauções possíveis para proteger os civis nos ataques aéreos ao campo de deslocados internos de Rafah, em maio.
5. Venezuela
O Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas deve renovar o mandato da sua Missão Internacional Independente de Apuramento de Factos sobre a Venezuela, apelaram 30 organizações nacionais e internacionais que defendem os direitos humanos naquele país. A Missão pode desempenhar um papel fundamental na promoção da responsabilização e na manutenção do escrutínio internacional perante a repressão generalizada após as eleições de 28 de julho de 2024.