O MIRANTE | 29-11-2022 07:00

Carta aberta aos associados da Nersant

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Domingos Chambel tinha cerca de 50 anos na altura em que foi para a direcção da Nersant com José Eduardo Carvalho. Só depois de completar 70 anos é que conseguiu chegar a presidente, tendo de fazer o caminho das pedras e passando pela humilhação a que Salomé Rafael o foi sujeitando cada vez que ele fazia uma guerra interna para que ela não voltasse a recandidatar-se para lhe dar o lugar.

Domingos Chambel teve de esperar 20 anos para chegar a presidente da Nersant; os primeiros dez como membro da direcção do seu amigo José Eduardo Carvalho (JEC) e os outros dez como vice-presidente de Salomé Rafael, sua rival na hora de JEC escolher o seu sucessor. Foi a escolha de JEC, que preferiu Salomé Rafael para o substituir, que fez com que Domingos Chambel passasse, aparentemente, ao lado de uma grande carreira de dirigente associativo. Domingos Chambel e Salomé Rafael eram duas das opções de JEC para a presidência quando saiu para outros desafios associativos a nível nacional.

JEC resolveu apostar em Salomé Rafael com a promessa de que esta faria um mandato e depois entraria Chambel. Salomé Rafael estendeu a sua permanência na presidência durante três mandatos. A meio, Domingos Chambel abriu uma guerra e ameaçou com uma lista alternativa. Salomé Rafael convocou o Conselho Geral, de que Joaquim António Emídio, o autor desta carta aberta era membro, e pediu ajuda contra o ataque de Domingos Chambel. Numa reunião realizada num hotel de Santarém, o director geral de o MIRANTE foi o único que, verbalmente, incentivou a líder da Nersant a enfrentar o ataque de Chambel à sua presidência e ao projecto de se voltar a recandidatar, o que acabou por acontecer. A guerra acabou depois de ter sido mediada mais uma vez por José Eduardo Carvalho. Domingos Chambel voltou a baixar as guardas e a aceitar participar na lista da sua "adversária" novamente como vice-presidente.

Resumindo: Domingos Chambel tinha cerca de 50 anos na altura em que foi para a direcção da Nersant com José Eduardo Carvalho. Só depois de completar 70 anos é que conseguiu chegar a presidente, tendo de fazer o caminho das pedras e passando pela humilhação a que Salomé Rafael o foi sujeitando cada vez que ele fazia uma guerra interna para que ela não voltasse a recandidatar-se para lhe dar o lugar.

Este ataque de Domingos Chambel ao trabalho dos jornalistas de O MIRANTE e as ofensas a Joaquim António Emídio, que surgiram ultimamente numa revista da Nersant, são um ataque ao trabalho de José Eduardo Carvalho e de Salomé Rafael, como facilmente se depreende. A entidade proprietária de O MIRANTE era só uma das cerca de meia centena de empresas e entidades que colaboravam, e algumas ainda colaboram, regularmente com a Nersant prestando serviços ou pagando patrocínios. O problema é que nós somos um órgão de informação, logo, aparentemente, um bom adversário para Domingos Chambel aparecer no palco da opinião pública e tentar que, tanto José Eduardo Carvalho como Salomé Rafael, fiquem mal na fotografia por terem feito um protocolo com uma empresa que beneficiou O MIRANTE. Desconhecem-se para já outras razões que levem Domingos Chambel a pôr em causa o trabalho de Salomé Rafael e José Eduardo Carvalho, que propuseram, assinaram e alimentaram um protocolo com uma empresa durante duas décadas sem nunca ter havido qualquer problema entre as partes.

Joaquim António Emídio

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