A EMIA - Empresa Municipal de Infra- estruturas de Azambuja, vai extinguir-se até ao final do ano e as suas dívidas, no valor de oito milhões de euros, vão ser assumidas pelo município. A decisão de extinguir a EMIA foi tomada na sequência das decisões do Governo sobre aquele tipo de empresas e foi comunicada pelo presidente do município, Joaquim Ramos (PS) na última reunião pública do executivo. “Já contactámos os três trabalhadores, são pessoas que não estão nos quadros da câmara. Já enviámos as cartas de despedimento colectivo”, informou o autarca.Juntamente com a dívida da EMIA o município vai ficar na posse de dois terrenos, avaliados em 2,5 milhões de euros, junto à estação de caminhos-de-ferro. Para o local estava prevista a construção de parques de estacionamento. A extinção da EMIA foi adiada há meses com a passagem da responsabilidade do estacionamento pago no centro de Azambuja, para a sua responsabilidade, mas nem essa manobra que fazia com que deixasse de ser uma empresa sem qualquer responsabilidade, resultou. Também a proposta existente de colocar a EMIA a gerir as actividades de enriquecimento curricular aos alunos do concelho ficará sem efeito. Com a absorção da dívida a câmara passa a dever 23 milhões de euros, dos quais 5 milhões a fornecedores. António Jorge Lopes, da Coligação Pelo Futuro da Nossa Terra (PSD/CDS/MPT/PPM), lamentou a extinção daquela empresa municipal e considerou que os terrenos junto à estação estão sobrevalorizados. “Ninguém vai pagar 2,5 milhões de euros por aquele espaço”, condenou. À esquerda, António Nobre (CDU) avisou que a extinção vai ter impactos nos munícipes e que obrigará a câmara a agravar os impostos no futuro. A EMIA foi constituída a 22 de Setembro de 2004. Foi responsável por obras como a requalificação da praça de touros de Azambuja, os centros escolares de Alcoentre e Azambuja, o pontão de Vale do Paraíso e a requalificação do Centro Social e Paroquial dos Casais da Lagoa.