CDU questiona quase todas as propostas dos socialistas na Câmara de Vila Franca
A Câmara de Vila Franca de Xira é o segundo grande município do país com melhor eficiência financeira, atestada no Anuário Financeiro dos Municípios Portugueses, mas os vereadores da CDU no município têm questionado até os pequenos investimentos. Numa estratégia do contra quase tudo, os comunistas no executivo na última reunião camarária obrigaram o presidente do município, Alberto Mesquita (PS), a retirar uma proposta para o aluguer de dois veículos híbridos, mais amigos do ambiente, para serviço do presidente e vice-presidente. Os veículos em causa visam substituir os dois que estão ainda ao serviço porque o contrato de aluguer está a terminar e a câmara com um novo contrato até vai poupar dinheiro. Os carros em causa são de gama média da marca Toyota Prius idênticos aos que são usados nas câmaras de Moita e Palmela, geridas pela CDU. Os vereadores da mesma força política em Vila Franca de Xira levantaram dúvidas sobre o contrato numa discussão que durou uma hora pondo em causa inclusivamente a escolha da marca. Pela utilização de cada carro em três anos, a câmara iria pagar 657 euros por mês incluindo despesas de manutenção. Um valor mais baixo que aquele que é pago actualmente, que é de 679 euros de um carro e 677 de outro. No final, já com os argumentos esgotados, a CDU jogou a última cartada ao acusar os socialistas de quererem acabar com as oficinas municipais.Desde o início deste mandato que a CDU tem feito marcação cerrada aos socialistas que estão em maioria relativa. Na reunião do executivo de 22 de Janeiro exigiram que o novo presidente apresentasse a lista dos 900 compromissos financeiros assumidos pelo município para este ano porque querem analisar um a um, nem que seja de despesas de compra de canetas. Em 27 de Dezembro o vereador Paulo Rodrigues (CDU) questionou os valores de compra de pilaretes para passeios e aplicação de inertes no parque urbano da Póvoa. Os vereadores da CDU, recorde-se, também votaram contra o auto de vistoria das obras do Mercado do Levante, decisão que quase levou ao encerramento do maior parque de estacionamento gratuito da Póvoa de Santa Iria. Nas reuniões de 22 de Janeiro e 5 de Fevereiro motivaram uma discussão de hora e meia sobre a mobilidade interna de funcionários que passam a executar outras funções consoante as necessidades. Dias antes de Alberto Mesquita assinar um acordo com os dois principais sindicatos da administração pública (STAL e FESAP) para implementação das 35 horas de trabalho no município.
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