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Chefe de gabinete assume lugar de eleito e acaba contestado na Assembleia Municipal de Tomar

Provocou polémica o facto de Luís Ferreira, actual chefe de gabinete da presidente da Câmara de Tomar, ter assumido o seu lugar de eleito da assembleia municipal na sessão realizada a 14 de Fevereiro. Até agora, Luís Ferreira, que nas últimas eleições autárquicas concorreu em quarto lugar na lista do PS para esse órgão, tinha requerido a substituição nas últimas sessões, o que não aconteceu desta vez. Na berlinda estiveram igualmente os socialistas Hugo Costa, líder de bancada e adjunto do gabinete da presidência e António Graça, presidente da Junta de Freguesia da Sabacheira e secretário de apoio à vereação. Apesar de integrarem o actual gabinete de apoio à vereação socialista, nenhum dos três abdicou do lugar de eleito na assembleia municipal, tendo a sua presença sido contestada pelo grupo municipal “Independentes por Tomar (Ipt)” e também pela bancada do PSD. Nenhum dos visados respondeu às críticas lançadas em vários períodos da sessão. “Os independentes nunca se opuseram às nomeações dos três deputados para fazerem parte do gabinete da Câmara Municipal de Tomar mas a sua presença na assembleia municipal eticamente não está correcta uma vez que este órgão fiscaliza as tomadas de posição da autarquia”, referiu Rui Simões, da bancada dos IpT. Do lado do PSD, José Delgado utilizou a ironia para expressar a indignação, referindo que alguns destes deputados estão numa situação de “três em um” não sabendo que papel estão a desempenhar. “O deputado António Graça, que acabou de intervir para elogiar a presidente da câmara, fê-lo como presidente de junta, como secretário da vereação ou como eleito municipal?”, exemplificou. Para José Delgado, esta é uma situação “estranha, pouco ética e que não se vê em lado nenhum”, acrescentando que por causa deste tipo de decisões a imagem de Tomar está a ser afectada a nível nacional. Também por parte da bancada do PSD, o deputado Manuel Carlos questionou se, do ponto de vista legal, os três eleitos podem integrarem um órgão que se pretende fiscalizador da autarquia, até porque assumem várias funções por delegação de competências. “Vão fiscalizar o quê? As suas próprias decisões?”, contestou.

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