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“Trabalhar com o meu pai foi a experiência que mais me marcou”
Rosário Cordeiro, administradora da J.M. Cordeiro, dedica o prémio ao seu pai

“Trabalhar com o meu pai foi a experiência que mais me marcou”

Galardão Mulher Empresária - Rosário Cordeiro, administradora da J.M. Cordeiro

Rosário Cordeiro começou a dar os primeiros passos na empresa do pai, a J.M.Cordeiro, Lda, em 1991. Tinha 21 anos. Licenciou-se em Gestão de Empresas e foi com naturalidade que escolheu aquele caminho.
O pai, José Manuel Cordeiro, falecido em 2014, tinha fundado a sua empresa em Maio de 1983 mas nunca pressionou as filhas para trabalharem com ele. “O meu pai nunca fez conversa para que, tanto eu como a minha irmã, fossemos trabalhar na empresa. Deixou-nos sempre seguir o nosso caminho. No entanto, trabalhei com ele mais de 20 anos e tive a melhor escola que poderia ter tido”, refere a empresária.
A J.M.Cordeiro começou por ser uma empresa de distribuição de lubrificantes e possuía um posto de combustíveis em Almeirim. Foi crescendo e actualmente conta com 49 funcionários e dispõe de nove postos de abastecimento de combustível (em Almeirim, Fazendas de Almeirim, Cartaxo, Santarém, Torres Novas e Coimbra). A empresa também é distribuidora de gás GPL em garrafas no concelho de Santarém.
“À excepção do posto de Coimbra, gosto de ter o negócio concentrado na região por causa da logística. Este é um negócio de grande volume que precisa de controle”, explica.
A empresária diz que foi sempre muito fácil trabalhar com o seu pai porque sempre se respeitaram e José Manuel Cordeiro era um homem de fácil trato. “O meu pai era uma pessoa consensual e muito ponderada. Transmitiu-me a forma de estar; a seriedade e o respeito pelos outros. Quando comecei a trabalhar na empresa fazia de tudo um pouco. Tanto ia abastecer os veículos como vendia garrafas de gás. Ainda hoje atendo o telefone se for preciso”, conta.
Foi com surpresa e orgulho que recebeu a notícia que tinha sido distinguida com o Galardão Mulher Empresária do Ano. “É um prémio que me orgulha porque talvez seja o reconhecimento de que tenho conseguido levar este barco grande a bom porto. Apesar de ser um prémio individual não é só meu. Este é sempre um prémio que também é do meu pai porque eu sou o resultado do que ele me ajudou e ensinou a ser”, realça.
Não se considera feminista mas admite que uma mulher tem uma intuição e sensibilidade que os homens não têm e é isso que as distingue no mundo dos negócios, sobretudo na sua área que ainda é considerada um mundo de homens. Diz que a sua área de negócios não é fácil sobretudo pelo que considera ser a luta pouco correcta entre empresas concorrentes.
Gosta de se levantar cedo e costuma ser a primeira a chegar à empresa. Não conta o número de horas que trabalha por dia porque está sempre ligada ao trabalho. Confessa que aproveita alguns momentos do fim-de-semana para trabalhar e nas férias também leva o computador consigo para despachar trabalho. “Prefiro não acumular trabalho porque quando regresso das férias não quero ter que trabalhar muito mais para colocar tudo em dia”, explica.

“Trabalhar com o meu pai foi a experiência que mais me marcou”

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