GrutaForte festeja quinze anos com Festival de Coisas da Rua
Entre as várias actividades pôde assistir-se a artes circenses, música, dança e teatro
O Arruarte – Festival de Coisas da Rua foi a forma que o grupo de teatro amador GrutaForte Teatro encontrou para festejar o seu 15º aniversário e que, no fim-de-semana de 26 e 27 de Maio, animou com várias actividades a Rua Padre José Rota, no Forte da Casa, concelho de Vila Franca de Xira. Pôde assistir-se a artes circenses, música, dança e teatro. Sara Mendes, actriz e vice-presidente da associação GrutaForte Teatro, referiu a O MIRANTE que este Festival de Rua é um sonho de quinze anos que agora se tornou realidade.
Sara Mendes conta que o grupo, nascido a 30 de Abril de 2003, para além de fazer teatro, sempre apostou na vertente de rua. Animações e leituras encenadas de poesia são algumas das actividades do GrutaForte. “Como não temos um auditório - e apenas uma sede que nos foi cedida, mas que não dá para representar um espectáculo lá dentro - e para não ficarmos presos à situação de não termos uma casa de espectáculos nossa, sempre apostámos em fazer coisas na rua”, explica a actriz. E para esta comemoração “decidimos apoderar-nos da rua, o slogan é mesmo esse «A rua é nossa”, acrescenta.
As peças de teatro têm geralmente lugar na Igreja do Forte da Casa, pois, na localidade, este é o espaço que mais se assemelha a uma sala de espectáculos. A igreja tem sido gentilmente cedida ao GrutaForte, ao longo dos anos, pelos vários padres que por ali passaram, mas a rua também é um espaço importante para o grupo, pois, conforme explica a actriz, permite “uma maior proximidade às pessoas”. E acrescenta: “Nós somos possivelmente o único grupo de teatro do concelho que sai para a rua”.
No último fim-de-semana vieram algumas associações e colectividades do concelho de Vila Franca de Xira ao Forte da Casa, como a Orquestra Juvenil do Ateneu Artístico Vilafranquense, o Quinteto de Sopro de Vialonga, o Grupo Coral Unidos do Baixo Alentejo ou a Associação de Africanos do Concelho de VFX, mas o festival também contou com a presença de grupos vindos de mais longe, como de Évora, Moura ou Camarate.
Pedro Cera, presidente e encenador do GrutaForte, faz um balanço positivo do evento: “Decorreu como planeado, embora um forte vento de fim de tarde tenha criado algumas situações menos agradáveis, especialmente para o quinteto de sopros da orquestra de Vialonga, fazendo «voar» as estantes e as pautas dos jovens e corajosos músicos, bem como do seu maestro Tiago Schwadl que, com uma atitude muito profissional, tentou colmatar o embaraço tocando um tema em que não fosse necessário mudar a folha da partitura”.