Câmara de Almeirim vai concorrer com os privados e ter creche municipal
Presidente do município diz que face ao número de vagas existentes no concelho e ao número de nascimentos há um défice de oferta que é necessário colmatar.
A Câmara de Almeirim quer ter em funcionamento uma creche municipal no ano lectivo de 2020/2021. A garantia foi dada pelo presidente da Câmara de Almeirim, Pedro Ribeiro, a
O MIRANTE. O equipamento vai ficar instalado no edifício onde funciona actualmente o tribunal de Almeirim, no Largo Manuel Rodrigues Pisco, que se irá mudar para as antigas instalações da junta de freguesia, no centro da cidade.
Esta é uma das prioridades do município porque “hoje em dia a oferta que existe no concelho é privada, ao nível de Instituições de Solidariedade Social (IPSS), e não há nenhuma oferta pública a este nível. Tendo em conta o número de vagas existentes no concelho e o número de nascimentos há um défice que é necessário colmatar. Uma das preocupações dos pais quando as crianças nascem é perceber onde as podem deixar e foi a pensar nisso que colocámos esta prioridade”, afirma o autarca.
“Sou um defensor da escola pública. Não tenho nada contra as escolas privadas e acho que também devem de existir. Mas considero que a escola pública tem um papel fundamental porque é ela que garante a todos acesso a um ensino de qualidade e isso é fundamental. Quero que o meu filho estude numa escola pública”, disse Pedro Ribeiro a O MIRANTE.
A futura creche terá capacidade para 60 crianças e o município está a estudar a possibilidade da creche ter outro tipo de horários, para além do que é o horário normal, porque há pais que trabalham por turnos e também ao fim-de-semana, desde que haja um número de crianças que o justifique.
Neste momento estão a ser elaborados os procedimentos para o projecto, que demoram cerca de seis meses, seguindo-se o concurso público para a construção. A autarquia estima que as obras comecem no Verão de 2019 e que o novo equipamento entre em funcionamento no ano lectivo 2020/2021.
“A educação é claramente um serviço que não dá lucro mas isso não pode ser ser o principal enfoque da autarquia. Temos de poupar noutros lados para que possamos dar um apoio efectivo a este área”, concluiu Pedro Ribeiro.