Na região só Alcanena assume publicamente que não usa glifosato
A legislação portuguesa ainda permite o uso de herbicidas com glifosato na agricultura mas já proibiu a sua utilização em jardins, espaços públicos, parques de campismo, escolas e hospitais mas isso não garante que não estejam a ser utilizados. A notícia que dava conta da condenação da empresa Monsanto-Bayer numa batalha contra um jardineiro americano que atribuía a doença ao glifosato voltou a trazer o assunto para os jornais e por via disso descobri que são poucas as autarquias que aceitam assumir publicamente que não utilizam o glifosato em espaço público urbano.
São apenas 12 os municípios que aderiram ao manifesto “Autarquias sem Glifosato” e freguesias são 20. Não é obrigatório que os municípios que dizem ter acabado com a utilização do glifosato adiram ao manifesto mas era um sinal importante.
Entre os vinte e um municípios do distrito de Santarém apenas Alcanena figura na lista de adesões ao manifesto “Autarquias sem Glifosato”, por exemplo. Seria interessante que houvesse muitos mais naquela lista. Os cidadãos sentir-se-iam mais seguros uma vez que esse gesto representa um compromisso público. E se os municípios não querem aderir ao manifesto por ser promovido pela Quercus, então que publicitem o fim da utilização do glifosato noutros locais, a começar pelos seus sites oficiais. Se efectivamente não usam o glifosato qual é o problema??
Maria Teresa Pereira Frias