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Última página: As elites que temos e não temos

O aeródromo de Tancos continua abandonado e as reuniões urgentes pedidas ao Presidente da República e ao Governo caíram em saco roto.

Estamos em Agosto mas há assuntos que não podem esperar pelos leitores que estão de férias.
O roubo das armas de Tancos, que trouxe a Chamusca e a região ribatejana para as capas dos jornais e a abertura dos telejornais, não foi o suficiente para despertar as nossas elites para a luta pelo aeródromo de Tancos, uma infraestrutura em elevado estado de degradação que não serve os interesses militares nem civis.
Há cerca de três meses a Comunidade Intermunicipal do Médio Tejo deu sinal de vida num comunicado muito mal distribuído e muito pouco aproveitado pela comunicação social. A sensação que tive na altura foi que o texto era para inglês ver e não para ter qualquer efeito ou cumprir qualquer pretensão.
Dizia o texto que os autarcas do Médio Tejo pediram reuniões urgentes ao Presidente da República, ao primeiro-ministro e ao chefe de Estado-Maior da Força Aérea, para pedirem que reinvistam na pista da base área de Tancos e a rentabilizem como meio de valorização do interior e de coesão territorial.
Tudo o que é dito no comunicado é uma amostra daquilo que os autarcas e outros responsáveis mais próximos da base área de Monte Real vêm defendendo, com unhas e dentes, desde há muito tempo e com outras armas, incluindo artigos de opinião nos jornais, organização de fóruns de discussão, mobilização dos formadores de opinião incluindo agentes políticos com responsabilidades governativas.
A proximidade com Fátima, a centralidade da região, o turismo, o combate à desertificação do interior, a proximidade com as fronteiras da vizinha Espanha, são, entre outros, argumentos que tanto servem as reivindicações dos defensores de um aeroporto em Monte Real como em Tancos.
A diferença está nas elites. No caso de Monte Real a luta está quase ganha embora continue a ser diária e a mobilizar várias forças que trabalham no terreno e sabem lutar pelos seus interesses; no Médio Tejo, para já, é só conversa fiada e pedidos de reuniões. JAE

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