Queda de ultraleve em Valdonas deveu-se a inexperiência do piloto
No acidente morreram os dois ocupantes do aparelho
A queda do ultraleve no campo de voo de Valdonas, em Tomar, que provocou a morte dos dois ocupantes, deveu-se à inexperiência do piloto. Esta é a conclusão da investigação feita pelo Gabinete de Prevenção e Investigação de Acidentes com Aeronaves e de Acidentes Ferroviários (GPIAAF), que agora apresentou o relatório do acidente ocorrido há três anos.
Segundo o relatório do GPIAAF, as causas prováveis do acidente prendem-se com “a pouca ou nenhuma experiência do piloto nas técnicas de recuperação de espiral descendente”. A perda de controlo em voo aconteceu devido à entrada em espiral descendente causada por volta a baixa velocidade e a baixa altitude (cerca de 600 pés).
O aparelho despenhou-se na manhã de domingo, 20 de Setembro de 2015, quando procedia a manobras de aterragem. Os ocupantes do ultraleve, o piloto Miguel Marques, de 41 anos, e Telmo Ferreira, de 29 anos, perderam a vida no local. O primeiro era sócio da Associação Tomarense de Aviação Ultraligeira (ATAUL), o segundo era filho de um sócio da mesma associação e estariam a fazer um pequeno voo antes do início do 13º Encontro dos Templários, organizado pela ATAU.
Após a queda, as vítimas tiveram que ser desencarceradas pelos Bombeiros Municipais de Tomar. Médicos do INEM (Instituto Nacional de Emergência Médica) confirmaram os óbitos no local tendo os corpos sido transportados para o Instituto de Medicina Legal de Tomar. Este foi o segundo acidente mortal com um ultraleve registado no campo de voo de Valdonas naquele ano. No dia 3 de Janeiro de 2015 caiu outra aeronave no mesmo local. No acidente morreu o piloto José Borga, de 51 anos, empresário de Ourém e ex-presidente do Clube Atlético Ouriense. O outro ocupante, Nuno Castanheiro, de 43 anos, sofreu ferimentos graves.