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CADOVA investe um milhão de euros para fornecer milho à indústria cervejeira
Cooperativa da Chamusca já tem acordos para escoar produto e pode pagar mais aos produtores.
A ideia de se fazer um grande investimento no posto de recepção de cereais da Cooperativa Agrícola do Vale de Arraiolos CRL - Chamusca (CADOVA) já não é nova, mas este foi o momento certo devido à conjugação de várias condições. Taxas de juro mais baixas, uma grande aposta no milho para consumo humano, os produtores apostados na produção deste tipo de milho e os apoios da Comunidade Europeia, foram fundamentais para se avançar com o investimento de cerca de um milhão de euros para melhorar as instalações da cooperativa.
O investimento numa unidade de secagem e vários silos para armazenagem de milho húmido e milho seco, um sistema de limpeza e báscula, para além de material de transporte, visa “garantir a separação do milho para alimentação humana, para ser utilizado no fabrico de cerveja”. Existem duas zonas de descarga e há duas linhas completamente independentes para garantir a qualidade do produto, conforme explica a
O MIRANTE o director da CADOVA, Vasco Reis.
Cerca de 90 por cento da produção de milho da cooperativa vai destinar-se à alimentação humana, sendo os restantes dez por cento para ração. Vasco Reis afirma que este milho tem uma maior valorização e que vai aumentar o preço que se paga aos produtores, que passa a ser entre 5 e 10 euros por tonelada aos cerca de 90 agricultores que vão produzir cerca de 21 mil toneladas de milho para ser usado na produção de cerveja.
O investimento foi pensado também porque houve uma procura por parte da indústria e existe um pré-acordo, que garante o escoamento e comercialização da totalidade do produto para uma unidade que transforma o milho para vender às fábricas de cerveja. Já existem acordos com três empresas nacionais e uma espanhola que vão comprar o produto.
Milho importado não faz concorrência
O milho que entra em Portugal nos portos de Leixões e Lisboa vindo maioritariamente da Ucrânia, Argentina, Brasil não tem garantia, nem de qualidade, nem de que não seja transgénico, por isso, não é concorrente para esta indústria, refere Vasco Reis. O director da CADOVA diz que este milho importado sofre muitas alterações desde o país de origem até ao seu destino e por isso só vai servir para ração para animais.
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