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Memorial das vítimas de legionella em Vila Franca de Xira

Temos à porta mais um mês de Novembro e esse nunca é um mês de boa memória para quem vive aqui no Forte da Casa. É o mês em que uma fábrica, desrespeitando todos os preceitos legais e, no limite, o respeito pelo próximo e pelas pessoas que todos os dias ali trabalham dando o seu melhor para o crescimento da empresa, se desleixou na manutenção de uma torre de refrigeração e com isso deu azo ao terceiro maior surto de legionella do mundo. Vai fazer quatro anos que isso aconteceu. Quatro! Houve impérios e ditadores que caíram em menos tempo.
Nós por aqui vamos estando reféns de uma justiça impotente, incapaz de dar celeridade a um caso que, para conforto de todos, já devia estar fechado e concluído. Até hoje, quem ficou com sequelas no seu corpo não viu um cêntimo entregue pelo estado ou justiça para compensar os gastos médicos e os dias de baixa sem poder trabalhar. Ninguém viu um cêntimo para ajudar a pagar os funerais das vítimas. Uma vergonha!
Isto só nos pode deixar tristes. Quatro anos depois cheguei a ler n’O MIRANTE que o presidente da câmara não descurava a possibilidade de construir ou desenvolver um memorial às vítimas do surto, mas até hoje nunca mais se ouviu nada sobre isso. Será muito cedo? Admito que sim, afinal de contas no World Trade Center em Nova Iorque foram precisos oito anos para as feridas sararem e finalmente se pensar num memorial. Mas a cada novo ano que passa a revolta não passa, cresce, e a empresa culpada disto tudo vai encaixando os seus milhões e assobiando para o lado. E a nossa justiça? Essa só pode andar ocupada a dormir...
Fernando Videira

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