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Construtores condenados por queda de muro que feriu casal na Barquinha
Foi neste local, no parque ribeirinho da Barquinha, que se deu o acidente. A fotografia foi tirada pouco tempo depois

Construtores condenados por queda de muro que feriu casal na Barquinha

As vítimas já tinham sido indemnizadas anteriormente por decisão do tribunal. Uma mulher ficou paraplégica ao ser atingida pelo muro que ruiu no parque ribeirinho da vila, em Junho de 2012, quando se realizava mais uma edição da Feira do Tejo.

Os responsáveis pela construção de um muro que ruiu em 2012 no Parque Ribeirinho de Vila Nova da Barquinha, ferindo um casal de bombeiros e deixando a mulher paraplégica, foram condenados a penas suspensas e multas pelo Tribunal do Entroncamento.
Tal como O MIRANTE noticiou na altura, António e Elsa Madeira, então com 51 e 48 anos, respectivamente, estavam a trabalhar nos preparativos do churrasco numa cozinha improvisada junto à tasquinha da Banda dos Bombeiros, no recinto das festas do concelho, quando um muro em tijolo que servia de protecção a um quadro eléctrico caiu sobre eles. Ambos eram bombeiros há mais de 30 anos.
Agora, a Procuradoria da Comarca de Santarém informa que o juízo local de competência genérica do Entroncamento proferiu no dia 10 de Outubro a sentença, condenando o empreiteiro e o subempreiteiro da obra e os respectivos administradores.
A sociedade subempreiteira foi condenada a uma multa de 81.000 euros e o seu administrador a uma pena de dois anos e quatro meses de prisão, suspensa na condição de pagar 15.000 euros a uma instituição particular de solidariedade social (IPSS) do distrito de Santarém.
A sociedade empreiteira foi condenada a uma multa de 26.000 euros e o seu administrador a uma pena de um ano e cinco meses de prisão, suspensa na condição de pagar 7.000 euros a uma IPSS do distrito de Santarém.
Em causa estava um crime de infracção de regras de construção agravado pelo resultado: ofensas à integridade física graves, afirma a nota.
Os factos ocorreram em Junho de 2012, no Parque Ribeirinho de Vila Nova da Barquinha, no decorrer da Feira do Tejo, “quando um murete em alvenaria instalado na retaguarda de um quadro eléctrico tombou e atingiu um casal que ali se encontrava numa tasquinha dos bombeiros voluntários”.
“A vítima do sexo feminino ficou paraplégica, com uma incapacidade permanente de 75%”, afirma o Ministério Público, adiantando que as penas deram provimento às que tinha requerido em sede de alegações. As vítimas já tinham sido indemnizadas anteriormente, acrescenta.

Processo com elevada complexidade técnica
O Ministério Público realça a “elevada complexidade técnica” do processo, “quer pela matéria em causa, quer pela junção de questões de natureza cível e criminal, sendo constituído por 16 volumes”.
A investigação foi dirigida e desenvolvida pelo Ministério Público através da secção do Departamento de Investigação e Acção Penal do Entroncamento e contou com a colaboração do Laboratório Nacional de Engenharia Civil na realização de uma perícia técnica, na fase de inquérito, seguindo-se-lhe instrução, não tendo a sentença agora proferida ainda transitado em julgado.

Construtores condenados por queda de muro que feriu casal na Barquinha

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