Bombeiros Municipais de Santarém multados por excesso de velocidade
Presidente da câmara manifestou o seu descontentamento com a actuação da Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária.
O presidente da Câmara de Santarém, Ricardo Gonçalves, manifestou o seu “descontentamento” com a actuação da Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária (ANSR) devido às multas aplicadas nos últimos tempos a condutores de ambulâncias dos Bombeiros Municipais de Santarém que circulam em marcha de urgência no transporte de doentes entre hospitais, nomeadamente na A1 entre Santarém e Lisboa.
Na última reunião de câmara, o autarca criticou o facto da ANSR não ter em conta que os condutores circulam em marcha de urgência devidamente assinalada com os rotativos luminosos, em transportes inter-hospitalares validados pelo Centro de Orientação de Doentes Urgentes (CODU). E referiu que os motoristas já se sentem inibidos sempre que circulam nessas condições. “Sabe-se que há limites temporais a cumprir nesse tipo de urgências”, enfatizou Ricardo Gonçalves.
O valor das multas é de 60 euros cada e Ricardo Gonçalves pensa levar uma proposta a reunião do executivo para ser o município a assumir esse encargo. “As mais recentes são quatro”, revelou. Acrescentou ainda que as multas não contam para retirar pontos nas cartas de condução dos motoristas das ambulâncias apanhadas pelos radares de controlo de velocidade.
Deputada questiona Governo
Entretanto, a deputada do CDS-PP eleita por Santarém, Patrícia Fonseca, questionou na sexta-feira, 14 de Dezembro, o ministro da Administração Interna sobre o assunto. Perguntou se o ministro “tem conhecimento e confirma as multas por excesso de velocidade aplicadas aos BMS quando circulam em marcha de urgência no transporte de doentes entre hospitais, nomeadamente na A1, entre Santarém e Lisboa, e também dentro da cidade de Lisboa e porque razão não foram alegadamente aceites as justificações para as infracções”.
Patrícia Fonseca perguntou também “que medidas vai a tutela tomar para solucionar esta questão por forma a não colocar em risco o transporte e, em última análise, a vida dos doentes”.