Coberturas de fibrocimento removidas de escola de Benavente até à Páscoa
Secretária de Estado visitou escolas do concelho e prometeu pequenas intervenções. Escola EB 2,3 Duarte Lopes é das que precisa de uma maior requalificação e deve ter obras no próximo ano.
As coberturas de fibrocimento contendo amianto, uma substância cancerígena, existentes na escola EB 2,3 Duarte Lopes em Benavente, vão ser totalmente removidas nas férias da Páscoa do próximo ano. A garantia foi deixada na manhã de dia 12 de Dezembro, pela secretária de Estado adjunta e da Educação, Alexandra Leitão, que visitou aquele estabelecimento de ensino.
“Esta escola para a tipologia que tem até não está em muito mau estado e tem tido algumas intervenções, ainda que pequenas. O que consideramos prioritário é a remoção do fibrocimento, uma pintura exterior e a colocação de uma cobertura no campo de jogos. Deixei o meu compromisso quanto à remoção do amianto, do resto teremos ainda de analisar e ver o que será possível”, disse a governante a O MIRANTE. A data apontada para as obras é a próxima pausa escolar da Páscoa, altura em que não haverá crianças na escola. “Prevemos 200 mil euros para a remoção do amianto, a pintura exterior deverá ser o dobro disso”, explicou.
A governante foi convidada pelo vereador socialista do município, Pedro Pereira, a visitar os agrupamentos de escolas de Samora Correia e Benavente para se inteirar dos problemas existentes nas escolas que são da responsabilidade do Ministério da Educação. A maioria tem mais de 30 anos de serviço e precisa de obras urgentes. Na Duarte Lopes o problema só não é maior porque em Agosto um grupo de voluntários ajudou a pintar e melhorar algumas partes da escola.
Ministra chocada por crianças irem a pé para o pavilhão
Em reunião com pais e alunos na EB 2,3 Duarte Lopes, no fim da visita, a governante ficou também “chocada” com o facto das crianças se deslocarem a pé sem vigilância entre a escola e o pavilhão gimnodesportivo para praticarem desporto, assunto de que
O MIRANTE já dera nota.
Alexandra Leitão confessou “não estar nada tranquila” com essa situação e lembrou que será uma “responsabilidade de todos” o dia em que uma criança venha a ser atropelada ou raptada. A construção de um pavilhão dentro da escola para acabar com o problema custaria perto de um milhão de euros, estimou a governante. “As crianças irem a pé para o pavilhão preocupa-me muito e vamos já trabalhar com a Direcção-Geral dos Estabelecimentos Escolares (DGESTE) e a direcção do agrupamento para resolver”, garantiu.
O presidente do agrupamento, Mário Santos, diz que a visita foi importante para delinear soluções para problemas que há muito precisavam de respostas e mostra-se expectante em ver o evoluir da situação. “O ideal seria termos uma escola nova, mas se ficarem resolvidas as principais questões como o fibrocimento e pavilhão acho que já ganhámos muito com esta visita”, refere.
Questionado por O MIRANTE o presidente do município, Carlos Coutinho (CDU), garante que a câmara já fez o levantamento de todas as patologias que precisam de resolução em Benavente e que a verba estimada ronda 1 milhão e 400 mil euros.