Temos direito a soluções para a “esgotada” Ponte da Chamusca
Quem pouco sabe, depressa o reza. É esta sensação que me acompanha, quando passo diariamente pela ponte da Chamusca. Não sou arquitecta, engenheira, mestre de obras, ou electricista, para saber quais os riscos inerentes à passagem de centenas de carros e camiões por aquela ponte. Também não sou responsável política para saber se está ou não alguma solução em cima da mesa dos governantes.
Sou apenas uma mãe de família que, para se deslocar para o seu local de trabalho tem de utilizar a ponte como passagem para a outra margem. Sou apenas uma munícipe do concelho da Chamusca que vive sem respostas e soluções quanto ao tráfego que passa diariamente a ponte e quanto à ausência de semáforos na rua principal da Chamusca, por onde este tráfego tem obrigatoriamente de passar.
Tal como tantas outras pessoas que fazem este trajecto, questiono-me frequentemente porque é que só depois dos desastres acontecerem se estudam, pensam e se consideram alternativas. Sem termo de comparação, catástrofes como a queda da ponte Morandi, na cidade de Génova ou a derrocada da estrada em Borba EM 255, permitem-me pensar que o provérbio “Depois da casa roubada trancas na porta” é sempre o mais usado após os desastres acontecerem.
Como munícipes, temos direito a soluções para as dificuldades que o nosso concelho vive e não apenas a notícias dispersas em diversos meios de comunicação social como: “Município defende reclassificação dos projectos do IC3 e da nova travessia sobre o Tejo” ou “Ponte da Chamusca esgotada”. Repito: mais do que notícias e reportagens, temos direito a soluções!
Helena Ferreira