Câmara de Almeirim entra em 2019 com cinco facturas por pagar
Recorde de três mil euros de dívida num município que paga a tempo e horas.
A Câmara de Almeirim termina o ano com o melhor desempenho financeiro de sempre, pelo menos no que toca a pagamento a fornecedores. Na passagem de 2018 para 2019, o município fica apenas com cinco facturas por liquidar e que estão a ser conferidas. No total a dívida a fornecedores é de cerca de três mil euros, segundo garante o presidente Pedro Ribeiro. Nestas contas não entram as dívidas de empréstimos bancários.
Para o socialista Pedro Ribeiro, este resultado “reflecte uma gestão equilibrada e o empenho e dedicação dos nossos colaboradores”. O autarca sublinha que a câmara “continua a fazer do pagamento a tempo e horas uma das suas bandeiras, sendo que o último prazo médio de pagamentos conhecido está nos três dias”. O município tem-se assumido como um dos que a nível nacional paga em menos curto espaço de tempo, vindo a reduzir o número de dias em que as facturas esperam na contabilidade. Em 2017, o prazo de pagamento estava nos quatro dias.
Longe vão os tempos em que a autarquia demorava dois meses a pagar e mesmo assim era uma das que tinha os melhores prazos. Em 2012 o prazo era de 66 dias, passando em 2013 para 27 dias e em 2014 para 8 dias. Já em 2017, Pedro Ribeiro dizia que autarca pagar cedo “significa poupar dinheiro”, porque desta forma os fornecedores, sabendo que recebem em pouco tempo, também têm atenção no preço que fazem pelas vendas ou serviços que prestam.
Recorde-se que já foi aprovado o orçamento para 2019, que ronda os 16,5 milhões de euros. Um montante sensivelmente igual ao de 2018. Cerca de 30 por cento das despesas do município é com salários. O orçamento prevê uma verba de cinco milhões de euros para investimentos, entre os quais as obras nas antigas adegas do IVV e as do mercado municipal, que devem arrancar neste novo ano.
A dívida global do município, reduzida em cerca de 40% no anterior mandato, é actualmente de cerca de seis milhões de euros. Para já não está previsto qualquer aumento de impostos municipais, mantendo-se o Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI) nos 0,4% e a derrama nos 1,5% para empresas com um volume de negócios superior a 150 mil euros e em 1% para as que ficam abaixo desse valor.