Iluminação e animação de Natal geram críticas em Benavente
Presépio de Samora Correia foi um dos principais alvos e acabou vandalizado. Presidente do município também achou que o presépio não esteve “muito feliz” este ano mas não concordou que a iluminação e animação de Natal estivessem “pobrezinhas” como acusa a oposição.
O presépio instalado na Praça da República junto da Igreja de Nossa Senhora da Oliveira em Samora Correia foi vandalizado na noite de 25 de Dezembro. A figura do menino Jesus foi levada e a manjedoura destruída. As figuras de Maria e José foram despidas e as coberturas de folhagem da estrutura que recriava o estábulo foram também removidas e incendiadas.
As autoridades estão a investigar o acto de vandalismo que surge depois de uma semana de várias críticas à forma como foi decorado o presépio, que foi este ano montado novamente pela associação cultural de Samora Correia, ARCAS. O assunto deu discussão na última reunião de câmara de Benavente, com a oposição a lamentar a forma como a iluminação e animação de Natal foram programadas pelo executivo.
O vereador Pedro Pereira (PS) foi o primeiro a considerar a música de Natal emitida junto aos espaços comerciais pouco alegre e apelativa. “Não estamos num velório, é preciso música mais actual. Não queremos ser DJ’s mas a música que ali passa é típica da mentalidade atrasada da CDU”, criticou. O autarca socialista notou que o presépio montado em Samora foi “de mau gosto” e que “envergonha” a cidade. “O espírito de Natal que temos neste município está a anos luz do que temos no resto da região”, considerou.
Também Ricardo Oliveira (PSD) lamentou que o espírito natalício no município “aconteça dentro das casas de cada um e não nas ruas”, considerando que a animação e iluminação do concelho está muito apagada e com pouca chama. “Mais uma vez perdemos a oportunidade de dar mais desenvolvimento às nossas ruas”, lamentou.
Na resposta o presidente do município, Carlos Coutinho (CDU), lembrou que durante a crise financeira deixou de haver iluminação de Natal nas ruas pelo que a aposta actual representa um esforço no sentido de dar maior impulso ao comércio e assinalar a data festiva.
“A música que se ouve é dentro do espírito do Natal, bem como o presépio. Há muitos anos que temos concretizado o presépio com a ARCAS e até transferimos verbas anuais para isso. Tem resultado bastante bem mas este ano também acho que o presépio não está muito feliz, pela forma como se apresenta”, considerou.
Carlos Coutinho garante que sempre foi respeitado o trabalho feito pela ARCAS, mas admite vir a avaliar o futuro. “Teremos de voltar a avaliar esta situação, ou chamando a nós essa responsabilidade [de realizar o presépio] ou exigindo à ARCAS que haja maior cuidado nas próximas edições”, considera.