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Mexidas no estacionamento em Torres Novas levantam críticas e dúvidas
Requalificação do Nogueiral gerou debate na Assembleia Municipal de Torres Novas

Mexidas no estacionamento em Torres Novas levantam críticas e dúvidas

Largo do Teatro Virgínia deixa de ter espaço para carros. Almonda Parque vai ter mais lugares e pode voltar a ser tarifado.

A Câmara de Torres Novas vai acabar com os cerca de vinte lugares de estacionamento no largo do Teatro Virgínia, no âmbito do projecto de requalificação do Nogueiral, mas esses lugares vão ser compensados com a criação de mais espaço de estacionamento no Almonda Parque, que pode voltar a ser tarifado.
Na última sessão da Assembleia Municipal de Torres Novas, o presidente da câmara, Pedro Ferreira (PS), referiu que os lugares de estacionamento na zona antiga da cidade não vão diminuir, vão apenas “mudar de lugar”. “Vamos retirar 20 lugares no parque em frente ao teatro, de modo a torná-lo mais disciplinado”. Para compensar a supressão, vai ser usada metade da parte superior do Almonda Parque para criar mais 70 lugares de estacionamento. No entanto, após ser questionado pela bancada da CDU, Pedro Ferreira referiu que não pode “dar garantias” de que o estacionamento no Almonda Parque continue a ser gratuito.
Recorde-se que em Outubro de 2015 a Câmara de Torres Novas chegou a acordo com o Grupo Lena no litígio relativo ao Almonda Parque, que corria no Tribunal Administrativo de Leiria. A autarquia assumiu a gestão do parque de estacionamento no centro da cidade, construído e explorado pelo Grupo Lena, tendo sido condenada a pagar 1,9 milhões de euros à empresa - 300 mil euros até ao final de 2015 e os restantes 1,6 milhões em 2016.
Igualmente polémico é o projecto de requalificação do Nogueiral, que continua a não gerar consenso entre os deputados municipais de Torres Novas com o executivo camarário a ser de novo questionado. Para além do estacionamento, a falta de estratégia ao nível da mobilidade foi outra das críticas lançadas ao projecto, desta vez pela bancada do BE. “Este largo é muito importante para a mobilidade da população que frequenta o centro histórico. Não houve sensibilidade neste projecto”.
O projecto consiste na requalificação do Largo José Lopes dos Santos, Rua do Caldeirão e Avenida dos Bombeiros Voluntários, bem como o “Laranjal” até à ligação com a Avenida Dr. João Martins de Azevedo (incluindo rotunda, passeios e faixa de rodagem) a qual se integra num conjunto de espaços mais alargado que abrange o Jardim Municipal.

Zona envolvente do Parque Almonda vai ser requalificada
O município torrejano pretende também requalificar a zona envolvente do Parque Almonda para que venha a desempenhar o papel de um pequeno parque urbano, espaço de lazer, recreio e de usufruto do rio, integrado na malha da cidade. Localizado no centro da cidade, entre o rio Almonda e o edifício do parque de estacionamento (Almonda Parque) que confina com a Rua do Nogueiral e a Rotunda Heróis de Diu, o Almonda é Parque actualmente apenas terreno plano, sem qualquer tipo de utilização.
Também integradas na candidatura estão a recuperação do Moinho dos Duques, que pretende preservar a memória dos moinhos e lagares existentes ao longo do Almonda, e a reconstrução da Ponte da Bácora entre o Parque Almonda e o largo da Bácora. A ponte pedonal, com pavimento em réguas de madeira, terá uma largura mínima de 2,40 m e um desenho a lembrar um barco.
Nesta candidatura, a autarquia propõe um investimento elegível de 1.217.716 euros e solicita um financiamento de 85%, correspondente a 1.035.059 euros.

Mexidas no estacionamento em Torres Novas levantam críticas e dúvidas

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