O balanço de 2018 e os desejos para 2019
Há um ritual que se repete a cada ano, quando Dezembro chega ao fim e encerra com ele mais um conjunto de 365 dias: faz-se um balanço do que de melhor e de pior aconteceu na vida de cada um. O MIRANTE percorreu vilas e aldeias da região, auscultou o bom e o mau de 2018 e quis saber quais os desejos para 2019.
De uma forma geral 2018 foi um bom ano com harmonia, união familiar, trabalho e sucesso. A perda de entes queridos, como a mãe de Sandra Gonçalves, de Alpiarça, a separação dos filhos, como a da filha de Celeste Pato, de Casével, ou a falta de saúde, como o AVC que ensombrou o ano a Nuno Manuel, de Fazendas de Almeirim, são assinalados como os piores momentos de 2018. Há também quem refira a falta de dinheiro como o pior do ano. Humberto Peniche, de Alhandra, graceja que o pior de 2018 foi não ser aumentado, enquanto Luís Oleiro, de Alcorochel, Torres Novas, diz que o dinheiro nem sempre chegou ao fim do mês.
Maria Joaquina, de Marinhais, e Custódio Caniço, de Fazendas de Almeirim, personificam o povo de brandos costumes que somos condensando nas frases “se 2019 correr mal, pelo menos que seja igual a 2018” e “se não puder andar melhor deixem-me andar assim que não estou mal” os votos para o novo ano.
Mas há quem seja um pouco mais ambicioso nas solicitações. Para 2019, António Pinheiro, de Fazendas de Almeirim, pede “saúde com fartura”. Foi também em Fazendas de Almeirim que encontrámos Nuno Manuel que sofreu um AVC em 2018 mas pede “muito dinheiro” para 2019, talvez antevendo avultadas contas com a saúde no novo ano.
Pelo que percebemos o dinheiro não é sinónimo de felicidade. Para Manuela Carvalho, de Vila Nova de Casével, ganhar o Euromilhões viria desestabilizar a família. “Prefiro ter o pão de cada dia”, diz. Luís Oleiro, de Alcorochel, refere que “o Euromilhões é ter saúde e trabalho”, bom mesmo era que “os impostos baixassem e os salários subissem”.
As preocupações dos mais novos que encontrámos pelo caminho são, por enquanto, ter boas notas na escola. Como pediram Salvador Pereira e Duarte Oleiro, ambos de Alcorochel.
Com os questionários de rua que fez em vésperas de acabar mais um ano,
O MIRANTE confirma que a felicidade pode tomar várias formas. Se para uns se traduz em paz, saúde e união, para outros passa por coisas mais materiais ou imediatas como tirar a carta de condução, perder uns quilos, pagar menos impostos, ter uma estrada alcatroada até casa, ou até… a saída de Bruno Carvalho do Sporting.