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Passagem de nível perigosa de Vila Franca de Xira vai ser relocalizada
Se houver acordo entre a câmara e a Infraestruturas de Portugal a passagem de nível do cais será movida 250 metros mais para sul para aumentar a visibilidade

Passagem de nível perigosa de Vila Franca de Xira vai ser relocalizada

Ideia passa por avançar a passagem 250 metros para aumentar a visibilidade. Câmara e Infraestruturas de Portugal estão a estudar solução alternativa para fechar a actual passagem do cais. Passagem superior pedonal da biblioteca ficará aberta 24 horas por dia com segurança privada.

A passagem de nível do cais de Vila Franca de Xira, um ponto negro de sinistralidade ferroviária onde nos últimos 12 anos morreram 25 pessoas, pode ter os dias contados e será relocalizada 250 metros mais a sul para aumentar a visibilidade. O objectivo é tirar a passagem da zona junto a uma curva, que não permite ver com clareza quando é que um comboio se aproxima vindo da zona da estação.
A solução de mover a passagem de nível para uma zona mais a sul já foi falada entre a câmara municipal e a Infraestruturas de Portugal (IP), entidade a que está agregada a REFER, estrutura responsável pela ferrovia. “Mover a passagem 250 metros mais para sul permite aumentar a visibilidade. Parece-nos uma solução que não sendo excelente é melhor que a actual. O pior é que para fazer isso teremos de entrar em terrenos que não são nossos. Vamos junto do Novo Banco [proprietário do terreno] ver o que poderá ser feito”, explicou Alberto Mesquita, presidente do município, na última reunião pública de câmara.
O autarca voltou a ser questionado pelos vereadores da CDU sobre desenvolvimentos feitos para fechar aquela passagem de nível, onde a última vítima foi Carlos Romano, eleito da CDU na assembleia de freguesia da cidade. “Em Janeiro vamos ter uma nova reunião com a IP e vamos abordar este assunto. É preciso saber quanto custará esta solução e quem a vai pagar. Fatalmente teremos de investir algum dinheiro mas vamos negociar para ver o que poderá ser feito”, notou Alberto Mesquita. Outra das ideias é passar a abrir a passagem superior pedonal que liga a cidade à Fábrica das Palavras durante 24 horas por dia, com segurança privada, para demover que a população continue a usar a passagem de nível do cais.
Há quase uma década, quando havia a perspectiva de ser construído junto à nova biblioteca da cidade um condomínio de luxo, foi assinado um acordo tripartido entre a então REFER, câmara e promotor da obra, a Obriverca, visando a contrapartida de criação de uma passagem superior rodoviária sobre a linha férrea, que iria acabar com a passagem de nível do cais. O problema é que o promotor da obra faliu e o acordo ficou sem efeito. Alberto Mesquita reflecte agora dizendo que a solução até nem era a melhor para a zona.
“Era uma má solução fazer ali uma passagem superior metálica, passava por cima da praça de toiros e era uma agressão visual àquele património. Estamos a trabalhar numa solução definitiva para requalificar o Largo 5 de Outubro e defendemos uma passagem inferior. É mais caro mas vale a pena. Temos de ser ousados e começar a estudar a possibilidade de fazer ali uma passagem inferior”, defende o autarca.

Passagem de nível perigosa de Vila Franca de Xira vai ser relocalizada

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