Os eleitos da Assembleia Municipal de Vila Franca de Xira tardam em apreciar o pedido de encerramento ao trânsito da Praça Engenheiro Vaz Guedes, na Malvarosa, Alverca, e a situação tem motivado reclamações de moradores da zona.
A proposta de interdição ao trânsito daquela praça – substituindo o sinal existente de estacionamento proibido por um de sentido proibido – já foi aprovado na Assembleia de Freguesia de Alverca no Verão e só tem faltado a decisão da assembleia municipal.
Passou-se mais um ano sem que o problema esteja resolvido e na última sessão da assembleia de freguesia daquela cidade o assunto voltou a ser falado por Rui Valadas Marques, da bancada do CDS, que lembrou os riscos de acidentes e o uso indevido que está a ser dado àquela praça pedonal por parte de condutores que ali estacionam. Criticou também o facto da praça continuar sem ser fechada ao trânsito.
Carlos Gonçalves (CDU), presidente da junta de freguesia, diz que o executivo está a acompanhar a situação com atenção e que o encerramento da praça ao trânsito está apenas dependente da decisão da assembleia municipal. “Esperamos que seja para breve porque a praça está a deteriorar-se imenso. Estamos a fazer pressão para que o problema se resolva de vez”, explicou o autarca. O MIRANTE questionou o município sobre o assunto mas não recebeu resposta até à data de fecho desta edição.
A situação já vem dando que falar há quase ano e meio, altura em que alguns automobilistas aproveitaram o facto da praça ser facilmente acessível para subirem os passeios e estacionarem as viaturas na zona durante a noite. Na origem da situação está a falta de estacionamento na urbanização, situação que foi atenuada com a criação de um parque provisório.
Em pouco mais de dois meses, até Abril último, a comissão de moradores da Malvarosa reuniu 585 assinaturas a pedir o encerramento ao trânsito daquela praça. O abaixo-assinado foi entregue na Loja do Munícipe em Vila Franca de Xira. Os subscritores do abaixo-assinado pediam que o município tomasse uma acção “imediata” com o objectivo de “limitar a circulação e estacionamento de veículos motorizados” naquela praça, muito frequentada por moradores e crianças, “através da instalação de meios físicos e sinalização vertical” que actuem como elementos dissuasores do estacionamento.

As razões dos moradores

Os moradores justificaram o abaixo-assinado com o risco de atropelamentos, choque dos carros com luminárias, marcos de incêndio e outros sinais, pavimento manchado de óleo, danificado e deformado por causa do peso dos veículos e o facto de já por várias vezes os veículos de socorro não terem conseguido entrar na praça para acudir a quem precisava.