“Sou muito organizada e evito levar trabalho para casa”
Teresa Rosário trabalha na área financeira da empresa Ribatubos
Quando era pequena tinha que andar muito para ir à escola. Agora não anda tanto e para manter a forma obriga-se a ir todas as manhãs ao ginásio. Teresa Rosário tem 49 anos e há vinte e um que trabalha na empresa Ribatubos que pertence à sua família. Confessa que não é muito dada a tachos e panelas. Gosta de viajar porque com as viagens tem uma visão mais aberta da sociedade. É adepta da festa brava.
Quando era criança fazia todos os dias quatro quilómetros para ir à escola. Os meus pais viviam nos Casais da Aroeira e, como na altura a escola primária mais próxima era a da Várzea, tinha que fazer o percurso diariamente. Como não tinha transporte ia a pé. Ia sempre acompanhada de uma amiga que residia na mesma aldeia.
Na minha juventude ajudei durante muitos anos a organizar as festas da terra. Na altura tanto estava na quermesse como ajudava nas vendas. As minhas amigas também participavam. E eu também fazia questão de pertencer à comissão de festas das Abitureiras.
Sempre estive ligada ao ramo das tubagens. Primeiro comecei a trabalhar a tempo parcial no escritório da empresa onde trabalhava o meu pai, Joaquim Luís. Depois estive 11 anos numa empresa ligada aos tubos, gás, gasolina e pneus, em Santarém. Mais tarde abri juntamente com a minha família a Ribatubos.
Não há arroz doce como o da minha mãe. Gosto muito de arroz doce e sei a receita mas não consigo que fique como o dela. Ela mete uma pitada de carinho especial e não consigo reproduzi-lo em casa.
Não sou dada a tachos e panelas. Nunca tive mãos para cozinhar. De vez em quando costumo aventurar-me na doçaria com as minhas sobrinhas, mas no meu dia-a-dia não perco muito tempo na cozinha.
Ginásio tem de ser de manhã. Já tentei ir depois do trabalho mas é muito difícil porque aparece sempre alguma tarefa para fazer. Nunca fui de praticar exercício físico, mas a vida sedentária que levava durante o dia levou-me a inscrever-me no ginásio. Faço questão de ir todas as manhãs.
Gosto de conhecer novas culturas. Já estive em vários países da Europa e a última viagem que fiz foi a Barcelona, em Espanha. É uma forma de ir à descoberta de novas realidades. As viagens dão-me uma visão mais aberta em relação à sociedade.
O trabalho fica na empresa. No meu dia-a-dia, saio da empresa pelas sete da tarde e vou directamente para casa para me dedicar às tarefas domésticas. Não costumo levar trabalho para casa porque faço por organizar-me de maneira a não ser necessário. Quando tenho tempo livre costumo ler, sair com os meus amigos, ir ao cinema e passear com a minha família. Não gosto de estar parada.
Touradas é comigo. Sempre fui aficionada e, quando posso, vou ver as touradas e as largadas de toiros. É uma tradição que se deve manter.
Se fosse presidente da câmara tentava tudo para que o centro histórico tivesse mais vida. Santarém tem um centro histórico com muito potencial mas está bastante degradado e há muitos edifícios ao abandono. Quem se prejudica são os lojistas que não vendem e são obrigados a fechar as portas.
Abrir negócio na zona industrial de Santarém é difícil. Há muitas pessoas interessadas em abrir ali mas neste momento não há pavilhões disponíveis. E quando há são postos à venda a preços muito elevados.