Sou casada. Tenho 43 anos e gosto muito de Paris. Embora não goste muito de viajar, já lá estive três vezes e quero lá voltar. As minhas principais actividades são ler e trabalhar. Trabalho de domingo a domingo.
O que gosto mais da festa dos Amiais de Baixo é do fogo de artifício e da procissão dos archotes. Na procissão, para quem não sabe, vai-se buscar o São Miguel à capela do cemitério e é trazido para a igreja para sair nas procissões de domingo e segunda-feira. Diz a lenda que o santo vai ver a padroeira, Nossa Senhora da Graça. No final o santo recolhe à capela e a santa despede-se. A celebração remete para tempos passados em que os serradores só vinham à vila na altura da festas.
Eu meto sempre férias para ir à festa e as minhas filhas não vão à escola, excepto se tiverem testes. A Carolina participou na procissão quando tinha 12 anos e o meu marido já fez parte da comissão organizadora das festas.
O que gostava de ver diferente nas Festas era o salão dos artistas. Aquilo era uma fábrica e não é muito confortável, ainda por cima sendo as festas no Inverno.
As festas de Amiais de Baixo são um grande incentivo para a economia da vila. Vem muita gente de fora e há emigrantes que também tiram férias nesta altura para participarem.
O futuro da minha empresa, tal como o da terra, é risonho, no entanto acho que há falta de incentivos do Estado, como os pagamentos de taxa do IVA por exemplo. Acho que o dinheiro das pequenas e médias empresas é utilizado indevidamente, porque quando é necessário o reembolso demoram muito tempo a fazê-lo. Em contrapartida, se o empresário não faz o pagamento imediatamente é penalizado com juros de mora.