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Trapalhadas da Escola Ruy d’Andrade custam perto de um milhão ao Entroncamento 

Em Agosto de 2012 as obras da nova escola EB 2,3 dr. Ruy d’ Andrade, no Entroncamento, a construir no mesmo local onde a escola já funcionava, foram suspensas porque houve incorrecção na abertura do concurso público. O mesmo deveria ter sido um concurso internacional, com publicação no Jornal Oficial da União Europeia e não foi. A falha acabaria por só ser detectada pela Comissão Directiva do Programa Operacional Regional do Cento - Mais Centro, na fase de análise do primeiro pedido de pagamento. Alguns meses depois foi aberto novo concurso, ganho pela mesma empresa, a Alpeso, que acabou por entrar em insolvência antes de terminar a obra.
As trapalhadas dos concursos, geradas pela incompetência dos serviços técnicos e pela falta de controlo do executivo municipal, na altura liderado por Jaime Ramos (PSD) levaram a que, em 2016, a câmara municipal já gerida por uma maioria PS, fosse notificada pela Inspecção-Geral de Finanças para devolver 932.000 euros das obras na Escola Básica Ruy d’Andrade, devido a “irregularidades” no concurso público, que “afectaram princípios fundamentais da contratação pública, designadamente a transparência, a imparcialidade, a concorrência e a boa gestão dos dinheiros públicos”.
Aquela decisão foi contestada para tentar evitar o pagamento. Os argumentos usados, sem sucesso, foram de que tudo tinha sido feito legalmente, como se compreende. Em 2017, com a campanha eleitoral a decorrer, o antigo presidente da câmara, Jaime Ramos, em vez de assumir os erros, acusou o presidente actual, Jorge Faria (PS), que se recandidatava de ter dito às autoridades que os concursos tinha sido feitos com legalidade, tentando fazer crer que esse argumento não era apenas uma tentativa para evitar que o município pagasse quase um milhão de euros.
No final de Janeiro o executivo actual acabou por decidir, por unanimidade, devolver os fundos comunitários em prestações, num total de 932 mil euros, incluindo já juros. É uma bela nódoa no currículo da gestão PSD do município do Entroncamento, na altura liderada por Jaime Ramos. E assim, graças a erros e incompetências, se esbanja o dinheiro dos impostos... que tanto nos custam a pagar.
O senhor Jaime Ramos já não é actualmente presidente mas vereador da oposição. O outro vereador social-democrata José Baptista, era membro da Assembleia Municipal com papel de fiscalização dos actos da câmara e deu o aval à trapalhada. Os dois, se tivessem honra e vergonha deviam demitir-se mas sei que não o irão fazer!!
Cristóvão Miguel Viegas da Mota

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