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Ateia fogo a casa para se vingar de acção de despejo
João Rodrigues é o proprietário do prédio na Calçada do Monte, no centro de Santarém

Ateia fogo a casa para se vingar de acção de despejo

Homem de 30 anos confessou ter causado o incêndio que danificou prédio no centro de Santarém e já está em prisão preventiva.

O homem de 30 anos que confessou a autoria do fogo que, na madrugada de 14 de Fevereiro, causou sérios danos num prédio de habitação em Santarém foi presente a tribunal para primeiro interrogatório no dia seguinte e o juiz de instrução criminal aplicou-lhe a medida de coacção de prisão preventiva. O suspeito, que era inquilino do prédio situado na Rua Alexandre Herculano, também conhecida por Calçada do Monte, entregou-se voluntariamente às autoridades e confessou o crime. Terá agido por vingança após ter sido alvo de despejo.
João Rodrigues, 76 anos, proprietário do edifício, tinha arrendado o segundo andar esquerdo há alguns anos a um casal de ex-toxicodependentes, mas entretanto como deixaram de pagar a renda, o senhorio impôs uma acção judicial de despejo. O casal não gostou e começou a ameaçar o senhorio para que retirasse a acção.
O fogo ocorreu no dia de despejo do casal, na madrugada de quinta-feira, 14 de Fevereiro. O senhorio e os outros inquilinos do prédio já estavam a dormir quando o suspeito entrou no imóvel e rebentou a fechadura da porta da casa. Já lá dentro, espalhou algumas peças de roupa, regou-as com álcool e ateou fogo com um isqueiro.
O incêndio começou no segundo piso, tendo alastrado ao sótão e ao piso de baixo, disse o comandante dos Bombeiros Municipais de Santarém, José Guilherme, adiantando que, dado tratar-se de um edifício de construção antiga, de madeira e tabique, a estrutura ficou praticamente destruída.
Foi um dos inquilinos, de nacionalidade indiana, que deu conta da situação. Chamou a sua família para que saíssem do prédio, bateu à porta das outras fracções e contactou os bombeiros. Não fosse a prontidão dos Bombeiros Municipais de Santarém, cujo quartel fica a poucos metros do prédio, e as chamas tinham tomado maiores proporções e podiam ter alastrado a outras divisões da casa e prédios vizinhos.
Devido ao intenso fumo e o facto do imóvel ser antigo e construído em tabique de madeira, todos os inquilinos foram obrigados a passar a noite em quartos alugados. O proprietário do imóvel não tem seguro e, por isso, tem agora, sozinho, de fazer face às despesas de recuperação.
No imóvel, além de João Rodrigues, residem uma mulher solteira, dois casais com filhos menores e uma família indiana, composta por 10 elementos, que entretanto já regressaram às suas casas.

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