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Lojistas contestam projecto de reabilitação do mercado de Santarém
Estela Lázaro e José Rolaça estão apreensivos quanto ao futuro do mercado de Santarém

Lojistas contestam projecto de reabilitação do mercado de Santarém

Vendedores queixam-se que só vão poder ocupar uma loja de 14 metros quadrados e temem não poder voltar para os mesmos lugares onde agora têm os seus negócios. O vereador, Jorge Rodrigues, diz que só depois das obras concluídas é que se saberá, caso a caso, o que fazer.

Os lojistas do mercado municipal de Santarém estão descontentes com o projecto de reabilitação do emblemático edifício. Em causa está o facto de o projecto prever que as novas lojas tenham apenas 14 metros quadrados e não garantir que todos os lojistas fiquem no mesmo espaço, nomeadamente os que se encontram nos torreões (nos cantos do edifício).
Contactado por O MIRANTE, o vereador com o pelouro dos mercados e feiras, Jorge Rodrigues, confirma que na última reunião, em Novembro de 2018, os lojistas mostraram-se insatisfeitos com a localização temporária enquanto as obras decorrerem e também com o projecto de requalificação do espaço. Ainda assim, garante, a autarquia vai manter o proposto e, no final das obras, vai dar a atenção devida a cada um dos casos que surjam.
“As obras têm de se adaptar aos lojistas, mas eles também têm de se adaptar às obras”, referiu o autarca, admitindo que é necessário urgentemente uma modernização e uma maior dinâmica para o espaço. “Temos tudo em cima da mesa. Neste momento estamos a reunir com empresas que gerem mercados, para sabermos qual a melhor estratégia de gestão daquele espaço. Queremos que o mercado municipal tenha a mesma dinâmica de um centro comercial”, revelou.
Em relação aos comerciantes que ocupam os torreões, o vereador do município desmente qualquer sorteio e refere que só depois das obras estarem concluídas é que se saberá, caso a caso, o que fazer.
Estela Lázaro, empresária da área da decoração com uma loja há 19 anos no edifício, diz que gastou mais de 40 mil euros em obras, nomeadamente em climatização, na escadaria e em janelas, para ter as mínimas condições e agora vê-se a um passo de ficar sem aquela loja, situada num dos cantos do mercado.
“Já não basta quererem mandar-nos para o pavilhão de artesanato, no campo da feira, que não tem condições nenhumas para nos receber temporariamente, e ainda nos sujeitamos a não ficar depois das obras no mesmo espaço em que nos encontramos”, adiantou Estela Lázaro.
Também José Rolaça se sente injustiçado com o projecto de requalificação. Para o talhante, a ocupar duas lojas há 30 anos no mercado, é impossível ter o seu estabelecimento aberto numa loja de apenas 14 metros quadrados. É que, refere, além de necessitar de ter a sua arca frigorífica e a área de corte da carne, necessita também de espaço para colocar o balcão e receber os clientes.
“Já nem falo do pavilhão onde nos querem colocar temporariamente que não dá para trabalharmos, falo também para onde viremos quando acabarem as obras”, afirma José Rolaça, lamentando que está sujeito a perder todo o investimento que fez na sua actual loja com obras de melhoramento, colocando tecto em madeira, uma arca frigorífica, soalho e bancas novas.

Obras de requalificação já adjudicadas

A empreitada de requalificação do mercado municipal de Santarém vai custar quase dois milhões de euros mais IVA, tendo sido adjudicada à empresa Habitâmega Construções S.A. Aguarda-se agora o visto do Tribunal de Contas. O prazo de execução da empreitada é de um ano.
O projecto vai articular no mesmo espaço as tradicionais bancas dos vendedores com outros serviços e valências, como espaços de cafetaria e restauração, proporcionando condições para a sua fruição para lá do horário normal de venda que hoje se verifica. O posto de turismo municipal também deve ser instalado no recinto.

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