Atraso na construção do Centro Comunitário de Apoio Familiar pode dar multa
Obra adjudicada pela Câmara de Tomar devia ter ficado concluída em Janeiro e autarquia pondera sancionar empreiteiro.
O vice-presidente da Câmara de Tomar, Hugo Cristóvão (PS), garante não existirem atrasos no pagamento da obra do Centro Comunitário de Apoio Familiar que deveria estar concluída em Janeiro deste ano. “Quando percebemos que a obra estava atrasada pressionámos o empreiteiro, que alegou um erro no projecto entre a colocação de coberturas e paredes. Os serviços da câmara ripostaram e disseram que não havia nenhum erro no projecto. Reunimos com o empreiteiro, as divergências foram ultrapassadas e a obra foi retomada”, explicou Hugo Cristóvão.
O autarca respondia ao vereador José Delgado (PSD) que não entende porque é que a empreitada não avança com celeridade. “Um prazo de cerca de nove meses para uma obra de engenharia pequena é muito tempo. À câmara compete zelar pelos interesses de Tomar. Esta demora na conclusão da obra vai torná-la mais cara”, criticou.
Hugo Cristóvão justificou que estão a analisar o processo para decidir se aplicam multa ao empreiteiro pelo atraso na obra. “Se esse for o entendimento jurídico aplicaremos a multa à empresa”, referiu, acrescentando que a prioridade da autarquia é que a obra esteja concluída o mais rápido possível.
O Centro de Apoio Comunitário Familiar, na Avenida Fonseca Simões, onde estão a ser construídos cinco apartamentos, de diversas tipologias, para acolher famílias de etnia cigana do bairro do Flecheiro, é um projecto da maioria socialista – que em campanha eleitoral prometeu resolver o problema do Flecheiro em 100 dias – que visa realojar algumas famílias que vivem em barracas na zona do Flecheiro, numa das entradas de Tomar.
As famílias que vão viver no Centro Comunitário serão seleccionadas pelos serviços da autarquia e está previsto que paguem renda. A empreitada foi adjudicada à empresa Arlindo Lopes Dias Construções pelo valor de 339.307 euros e tinha um prazo de execução de 270 dias. Vai ainda ser construído um edifício de acompanhamento para que uma equipa multidisciplinar possa desenvolver trabalho de inclusão social com a comunidade cigana que ali vai viver.
O projecto é igual ao Parque Nómada que existe em Coimbra. São seis módulos, cinco deles para habitação, e não se pretende que a residência seja fixa para as famílias.