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Autarcas têm que se unir e pressionar para que Tancos possa ser o novo aeroporto do país
Distrital de Santarém do PSD convidou personalidades para debaterem em Tomar a construção de um aeroporto na base aérea de Tancos

Autarcas têm que se unir e pressionar para que Tancos possa ser o novo aeroporto do país

Presidente da distrital do PSD de Santarém defendeu ideia em conferência realizada em Tomar.

O presidente da distrital de Santarém do PSD, João Moura, admite que tem faltado aos autarcas da região fazer lóbi, pressão junto das entidades competentes para lutarem pela construção de um novo aeroporto em Tancos. “Temos que nos juntar, esquecer os partidos políticos, e tornar esta uma das grandes causas da região. Um aeroporto em Tancos iria potenciar e dinamizar muito toda a região, não só do Médio Tejo mas como o interior até à zona da Serra da Estrela e Portalegre, com desenvolvimento económico e criação de muitos postos de trabalho”, sublinhou.
A base aérea de Tancos tem toda a capacidade para ser um terminal 2 do Aeroporto da Portela, em Lisboa, retirando dali as companhias low-cost, fazendo com que o aeroporto da capital ganhe espaço, que é o que lhe falta. A opinião é do piloto e antigo controlador aéreo na base de Tancos, João Roque, que foi um dos oradores da conferência organizada pela distrital do PSD de Santarém que pretendeu discutir uma solução para um novo aeroporto em Portugal.
A iniciativa decorreu na tarde de sábado, 9 de Março, no Museu da Levada, em Tomar. João Roque destacou que Tancos tem potencial para crescer e está mais perto de Fátima do que a base aérea de Monte Real (distrito de Leiria). Um aeroporto em Tancos seria muito mais barato, cerca de 38 milhões de euros, do que aquele que está projectado para o Montijo”, referiu.
A mesma opinião tem o general Videla Cardoso, defendendo que um aeroporto deve servir uma região e não apenas uma cidade. “A base aérea de Monte Real não é hipótese porque não tem área para se expandir. Ou constroem uma pista ou a aerogare. As duas não cabem lá”, disse. Ambos os oradores concordaram que Tancos tem a vantagem de beneficiar do acesso próximo à A23, à A1 e ao Entroncamento, onde passa a principal linha ferroviária do país.
Videla Cardoso referiu que fez um estudo para uma empresa brasileira que demonstra que Tancos é a hipótese mais viável para um novo aeroporto. “A empresa e mais 16 investidores estão interessados em investir em Tancos pelo sua proximidade a Fátima”, garantiu.
Carla Graça, da associação ambientalista Zero, considera que Tancos pode ser uma solução a ponderar pois as acessibilidades ao aeroporto são um factor importante e a maior parte dos aeroportos já não se constroem dentro das cidades. João Roque alertou, no entanto, que se a hipótese de Tancos avançar é necessário bloquear a construção do edificado à volta da base aérea para mais tarde não acontecerem os mesmo problemas que acontecem em Lisboa com as pessoas a queixarem-se do barulho dos aviões.
João Moura, que é presidente da distrital do PSD de Santarém há quase um ano, diz que esta foi a primeira bandeira que agarrou. “Se o Governo cumprir com o que a lei diz tem de fazer um estudo de avaliação ambiental, que é muito mais exaustivo que um estudo de impacte ambiental e, caso determine que não pode ser construído um aeroporto no Montijo tem que apresentar alternativas. E é aí que a hipótese de Tancos pode ganhar terreno”, reforçou. O dirigente diz que é necessário espevitar os líderes de opinião a ocuparem espaço mediático e falarem sobre o assunto.

Autarcas da região não apareceram
A única figura exterior ao PSD na conferência foi o presidente da Assembleia Municipal de Tomar, o socialista José Pereira, que disse a O MIRANTE concordar com a construção de um aeroporto em Tancos, que pode servir o Médio Tejo e também o interior do país. Lamentou, no entanto, que os autarcas não tenham marcado presença sobre um assunto tão importante para a região.
A conferência da distrital do PSD não mobilizou muita gente, contando com cerca de quatro dezenas de pessoas, na grande maioria militantes do partido. Destacam-se as presenças de Vânia Neto, da concelhia do PSD de Santarém, Tiago Carrão, vice-presidente da distrital do PSD, Lurdes Ferromau Fernandes, presidente da concelhia do PSD de Tomar, e do vereador do PSD na Câmara de Benavente, Ricardo Oliveira. A conferência, que durou mais de duas horas, não conseguiu agarrar todos os que ali se dirigiram até ao final, tendo-se verificado algumas saídas a meio do debate.
Questionado por O MIRANTE, o presidente da distrital do PSD de Santarém diz que convidou todos os autarcas da região, que não apareceram, dando assim pouca força à iniciativa sobre um assunto tão importante e estrutural para o país.
Carla Graça, da Associação Ambientalista Zero, e uma das oradoras da conferência teve que sair mais cedo, por motivos familiares.

Autarcas têm que se unir e pressionar para que Tancos possa ser o novo aeroporto do país

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