A região do Ribatejo é considerada excelente para a instalação de parques solares, por ser um território plano que faz com que não sejam necessários muitos custos a nível de infra-estruturas, mas também devido à proximidade aos equipamentos de consumo, tal como acontece em Coruche, pela proximidade a Lisboa. “O Ribatejo é uma região privilegiada, tem uma boa rede energética que pode suportar muitos mais projectos”, referiu Paulo Ribeiro, gestor do portefólio de parques da Voltalia, a empresa francesa que construiu e explora o parque de energia fotovoltaica da Herdade dos Pegos, no concelho de Coruche.
As declarações foram feitas no dia 9 de Julho, durante uma visita de empresários franceses a esse empreendimento, a convite da Câmara de Comércio e Indústria Luso-Francesa. O parque fotovoltaico foi construído em 2013, num terreno cedido pela Câmara Municipal de Coruche, e começou a produzir energia solar para a rede em 2014. O parque ocupa uma área de 19,6 hectares e opera 9.7 MW de energia.
Paulo Ribeiro recordou que este foi dos maiores parques solares a ser construídos naquela época. Segundo os técnicos, o parque é um exemplo de como a tecnologia e a natureza podem coexistir de forma harmoniosa. Isto porque, este parque tem a particularidade de partilhar o espaço com cerca de 20 animais como cavalos, burros e ovelhas, que ajudam no controlo da vegetação, reduzindo a utilização de maquinaria e evitando as emissões excessivas de CO2. Além disso, os animais ajudam ainda a empresa a poupar milhares de euros anualmente na manutenção do solo.
A visita que O MIRANTE acompanhou teve como principal objectivo estabelecer possíveis parcerias entre empresários franceses e a Voltalia.