Construção de urbanização na Póvoa de Santa Iria lança caos no trânsito
Moradores junto à estação de comboios estão descontentes. Obras à beira-rio obrigaram a criar novos acessos temporários à estação de comboios. Estacionamento está caótico e em algumas ruas autocarros e ambulâncias já não passam.
Uma das zonas com mais tráfego da Póvoa de Santa Iria, junto à estação de comboios da cidade, está mergulhada há mais de um mês num caos de estacionamento por causa das obras de construção de uma urbanização situada a poucos metros.
O trânsito foi desviado para novas ruas da zona e, em particular na Rua Afonso Albuquerque e Rua do Telhal, as queixas dos moradores acumulam-se. O estacionamento selvagem está a bloquear a passagem de autocarros mas também de veículos de socorro, o que deixa a população preocupada com a eventualidade de algo poder acontecer em caso de emergência.
Na zona funcionam também vários restaurantes e lojas, o que faz aumentar ainda mais a procura por estacionamento e consequentes bloqueios de trânsito. “Nem andar a pé consigo porque os carros estacionam na rua e há zonas entre as casas onde só passa o carro e à conta”, lamenta Sónia Dias, moradora da zona a O MIRANTE. Diz que já chamou várias vezes a polícia, que multa quem está em infracção. Mas no dia seguinte o problema repete-se, com outros condutores.
O presidente da Câmara de Vila Franca de Xira já tinha pedido compreensão à população para os transtornos que a obra iria provocar no local, em particular nos períodos de maior pressão de tráfego, de manhã cedo e ao final do dia. Mas Alberto Mesquita também já defendeu que compete às autoridades policiais manter uma eficaz fiscalização da zona para evitar esses problemas, até porque, a poucas centenas de metros, existe um parque provisório de estacionamento com elevada capacidade.
“São diariamente mais de 2.500 automóveis e 200 autocarros que por aqui circulam, sem que as referidas ruas tenham sido melhoradas para este aumento brutal de tráfego, estando estas em péssimo estado. Diariamente, e apesar da sinalização vertical existente, os estacionamentos proibidos e indevidos impedem que os autocarros consigam circular atravancando toda a circulação automóvel, provocando graves constrangimentos ao tráfego nesta zona”, lamenta Nuno Pereira, também ele residente no local.
Alguns moradores já recomendaram à câmara e à junta de freguesia a colocação de pilaretes temporários para impedir o estacionamento abusivo e assegurar um meio de passagem em caso de necessidade de socorro, mas até ao momento nada aconteceu.