O jovem de 17 anos de idade suspeito de, em Março, espetar uma faca no pescoço de um homem com quem se tinha envolvido numa discussão numa discoteca em Ortiga, concelho de Mação, foi acusado pelo Ministério Público do crime de homicídio qualificado na forma tentada. Deduzida a acusação, se não for entretanto pedida a instrução (reavaliação dos factos por um juiz), o arguido deve começar a ser julgado em breve, mantendo-se até lá em prisão preventiva.
A situação ocorreu no dia 2 de Março e o rapaz foi ouvido em primeiro interrogatório judicial, no dia 5 de Abril, tendo-lhe sido aplicada a medida de coação de prisão preventiva, por existirem os perigos de fuga e de continuação da actividade criminosa. Desde essa altura o caso esteve a ser investigado e avaliado pela 2ª secção de inquéritos do Departamento de Investigação e Acção Penal (DIAP) de Santarém, especializada em crimes violentos. A acusação realça a “perversidade da actuação do arguido, determinada por motivos fúteis”.
No primeiro interrogatório, após a detenção, o Ministério Público justificou também a prisão preventiva com o facto de o arguido, natural de Castelo Branco, estar desenraizado social, escolar e laboralmente. Teve também em conta o facto de ser proveniente de uma instituição que tinha frequentado até cerca de um mês antes do crime. Nessa altura o Ministério Público da Comarca de Santarém, em comunicado publicado na sua página online, referiu que a agressão com a faca ocorreu quando os ânimos já estavam serenados e que o arguido só não tirou a vida à vítima “por mero acaso”, já que acertou numa “zona vital do corpo”.