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MacFire incorpora SIRESP e é alargado de Mação ao distrito de Santarém
O concelho de Mação foi um dos que teve mais área ardida nos grandes incêndios de 2017

MacFire incorpora SIRESP e é alargado de Mação ao distrito de Santarém

Ferramenta informática desenvolvida em Mação permite monitorizar o desenvolvimento dos incêndios em tempo real e proporciona um melhor apoio à decisão a quem comanda.

O sistema MacFire, ferramenta informática criada em Mação para monitorizar o desenvolvimento dos incêndios em tempo real, incorporou, na sexta-feira, 12 de Julho, os dados do SIRESP num sistema de georreferenciação pioneiro que envolve todas as corporações de bombeiros do distrito de Santarém.
“A Protecção Civil tem necessidade de introduzir mais ciência, mais conhecimento e mais sistemas de apoio à decisão para respostas aos riscos recorrentes, aos novos desafios, e para maior eficácia no combate aos incêndios. A Autoridade Nacional de Emergência e Protecção Civil (ANEPC) põe as suas ferramentas ao serviço deste sistema em prol da segurança e que é um exemplo de pioneirismo e didactismo em termos nacionais”, destacou o presidente da ANEPC, Mourato Nunes, em Mação, na cerimónia de assinatura do protocolo entre o município, as Comunidades Intermunicipais do Médio Tejo e da Lezíria, e a própria ANEPC.
O MacFire (Mac de Mação; Fire de fogo, em inglês) é um sistema desenvolvido por técnicos informáticos de Mação em 2004 e por especialistas de uma empresa do ramo das novas tecnologias. Foi implementado em 2018 no distrito de Santarém e permite levar a informação existente sobre a zona de combate a incêndios rurais para o posto de comando móvel existente em cada sinistro.
Na base do sistema está a cartografia militar, mas também as cartas de risco de incêndio e os hortofotomapas (fotos aéreas rectificadas no solo), numa estrutura que, agregada aos dados disponibilizados pelo SIRESP – Sistema Integrado de Redes de Emergência e Segurança de Portugal, permite também aceder e integrar no programa os dados da localização no terreno de cada uma das cerca de 300 viaturas existentes no distrito.
Até agora, isto acontecia via GPS, com custos que ascenderam aos nove mil euros em três meses da fase piloto desenvolvida em 2018. A novidade introduzida por António Louro, vice-presidente da Câmara de Mação e responsável pela Protecção Civil em Mação, foi integrar esta informação e sobrepor os mapas, permitindo visualizá-los todos ao mesmo tempo.
O trabalho desenvolvido, primeiro através do GPS e doravante com a utilização dos dados SIRESP, possibilita aceder à localização exacta das viaturas no terreno, bem como a posição das frentes de fogo e o valor rigoroso da área atingida, prevendo a sua provável evolução.
O MacFire, no entanto, “não apaga fogos”, disse o mentor do sistema, engenheiro florestal de profissão. “É uma ferramenta que ajuda numa situação complexa como em grandes incêndios florestais, é uma ferramenta de apoio à decisão, para que quem tiver de decidir o consiga fazer de uma forma mais acertada e num tempo mais curto”, afirmou António Louro.
O secretário de Estado, Artur Neves, anunciou ainda a operacionalização de um núcleo de apoio à decisão em parceria com a Direcção-Geral de Veterinária (DGAV), que vai permitir o resgate de todos os animais em risco num incêndio de grandes dimensões.

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