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Taxistas de Vila Franca de Xira impedidos de trabalhar no Colete Encarnado
João Cunha é um dos taxistas de Vila Franca de Xira que não esconde o desagrado pelo que aconteceu

Taxistas de Vila Franca de Xira impedidos de trabalhar no Colete Encarnado

Profissionais do volante criticam corte nos acessos ao interior da cidade. Praça de táxis da cidade esteve quase sempre vazia durante a festa porque as viaturas foram barradas pela polícia por razões de segurança, ao contrário do que aconteceu com quem tinha dísticos de residente.

Em vários períodos do primeiro fim-de-semana de Julho, quando decorreu a festa do Colete Encarnado, quem precisou de um táxi em Vila Franca de Xira ficou encalhado e teve de procurar outras alternativas. Tudo porque os taxistas foram impedidos pelas autoridades de circular dentro da cidade e ir buscar turistas e outros passageiros à praça de táxis onde estão sediados, junto à estação de comboios. Razões de segurança foram invocadas para justificar os condicionamentos de trânsito.
No sábado, 6 de Julho, a praça esteve todo o dia vazia e o primeiro táxi só foi autorizado a passar já depois das 23h00. No domingo houve também períodos de completo impedimento, sobretudo de manhã. Uma situação que gerou queixas nos clientes mas também entre os profissionais do volante que ali prestam serviço. Até porque quem tinha dístico de residente pôde circular sem restrições.
Os taxistas garantem que não estão contra as festas, antes pelo contrário, mas o problema está a agravar-se de ano para ano e temem que, em 2020, pura e simplesmente sejam impedidos de aceder à cidade na totalidade dos dias. O problema, dizem, parece decorrer de falta de planeamento, já que o município poderia ter criado uma praça alternativa do outro lado da linha de comboio, no chamado parque da REFER, continuando assim a servir os utentes.
“Estamos a falar de dias em que afluíram milhares de pessoas à cidade e ninguém percebeu o que aconteceu porque os táxis não estavam na praça. Até se gerou a ideia que estávamos todos na festa a divertir-nos quando na verdade estávamos barrados à entrada da cidade”, lamenta a O MIRANTE o taxista João Cunha.
A dada altura clientes com carrinhos de bebé e idosos foram “convidados” a caminhar 500 metros, até ao quartel dos bombeiros, à saída da cidade, onde alguns táxis paravam de forma improvisada para os apanhar e levar aos seus destinos.
Os motoristas dizem não compreender por que motivo não foi realizada uma reunião preparatória para estudar o problema e lembram os pesados prejuízos financeiros que tal situação acabou por gerar. A praça vilafranquense serve 21 taxistas.

Câmara alega razões de segurança
O município de Vila Franca de Xira explica a O MIRANTE que um evento de grande envergadura como o Colete Encarnado implica a adopção de medidas extraordinárias. “Os cortes de trânsito no interior da cidade são uma medida essencial para garantir a segurança das pessoas que participam neste evento e também de bens materiais”, explica o município.
A autarquia diz ainda que a informação referente aos condicionamentos de trânsito é remetida a todos os operadores de transportes – autocarros, comboios e às associações de táxis – com a devida antecedência, estranhando que as queixas dos taxistas nunca tenham chegado ao executivo.
A câmara garante estar totalmente disponível para introduzir melhorias futuras na organização da festa, nomeadamente as que forem possíveis de implementar, em articulação com os diversos agentes envolvidos.

Taxistas de Vila Franca de Xira impedidos de trabalhar no Colete Encarnado

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