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Autarca de Azambuja critica lentidão da justiça no caso da fábrica da Opel
A fábrica da General Motors em Azambuja fechou portas no final de 2006 apesar dos protestos dos trabalhadores

Autarca de Azambuja critica lentidão da justiça no caso da fábrica da Opel

Luís de Sousa diz que o arrastar do processo está a prejudicar o município há demasiado tempo. Em causa está o processo que a autarquia moveu contra o Estado em 2017, para ser compensada em 900 mil euros pela isenção de taxas, licenças e impostos municipais concedida à General Motors, dona da fábrica encerrada há treze anos.

A “justiça está a ser demasiado lenta”. É desta forma que o presidente da Câmara de Azambuja, Luís de Sousa (PS) se refere ao andamento do processo judicial contra o Estado, que a autarquia moveu em Abril de 2017, em que reclama o pagamento de 900 mil euros de compensações pela isenção de taxas, licenças e impostos municipais concedida à General Motors (GM), dona da fábrica da Opel que foi encerrada há treze anos.
Com o encerramento da fábrica de Azambuja, o Estado recebeu a título compensatório da GM uma quantia que rondou os 17,702 milhões de euros, onde se incluem os 900 mil euros que nunca foram transferidos para a Câmara de Azambuja. O autarca está indignado e diz que o município foi o único a sair “prejudicado deste processo” que se arrasta no tempo “sem nenhum avanço”. Para além da demora, Luís de Sousa tem reservas quanto à decisão da justiça neste caso. “Há tanto tempo e nunca se resolveu. E como é contra o Estado tudo pode acontecer”, refere, reiterando que se a autarquia perder vai recorrer da decisão do tribunal administrativo.
Na origem da isenção de taxas e benefícios fiscais está o contrato de investimento assinado entre o Estado e a empresa no ano 2000, a troco de um compromisso de manter a fábrica operacional até 2008. Um acordo que acabou por não ser cumprido, já que a fábrica automóvel fechou portas em 2006, depois de a GM detectar que cada viatura saída da linha de montagem custava mais 500 euros por unidade do que se fosse montada em Espanha. Por isso decidiu deslocalizar a produção para Saragoça em Dezembro desse ano.
O fecho da unidade, que recebeu benefícios fiscais do Estado e isenções de taxas municipais, lançou no desemprego 1.200 trabalhadores. A fábrica situava-se onde está actualmente instalado o centro de distribuição da Sonae.

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