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Fim de gestão privada no Hospital Vila Franca de Xira preocupa autarcas
Alberto Mesquita não tem dúvidas que o fim da PPP do Hospital Vila Franca de Xira pode colocar em causa os elevados níveis de qualidade hoje reconhecidos pela entidade reguladora

Fim de gestão privada no Hospital Vila Franca de Xira preocupa autarcas

Presidente da Câmara de VFX diz esperar que a ministra da Saúde saiba o que está a fazer. Cinco municípios servidos pelo hospital defenderam a continuidade da gestão público-privada mas de nada valeu. Alberto Mesquita toma a dianteira nas críticas e fala em ameaça para a continuidade da qualidade existente. José de Mello Saúde sai da gestão da unidade de saúde em 2021.

O fim da parceria público-privada (PPP) que gere o Hospital Vila Franca de Xira, em 2021, pode vir a prejudicar a qualidade do serviço ali prestado e por isso o presidente da Câmara de Vila Franca de Xira, Alberto Mesquita (PS), já deu a entender estar muito preocupado com o futuro do hospital. “Não sei agora o que vai acontecer. Só espero, sinceramente, que esta alteração não venha prejudicar o que de bom temos hoje”, avisou, durante a última reunião de câmara, onde os vereadores da CDU e do Bloco de Esquerda se congratularam com o anunciado fim da gestão privada daquele equipamento.
Alberto Mesquita mostrou-se defensor do Serviço Nacional de Saúde, lembrou que toda a população podia usar o hospital vilafranquense nos mesmos moldes dos restantes hospitais e defendeu opções de complementaridade na gestão. “Se não tivéssemos aproveitado esta oportunidade para construir este hospital ainda estaríamos com um hospital absolutamente caduco. Digam-me qual é o hospital do Serviço Nacional de Saúde que não tem pessoas em macas nos corredores?”, criticou.
Num recado à ministra da Saúde, Alberto Mesquita lembrou que o fim da PPP não foi do agrado dos cinco municípios servidos pelo hospital e que sem a gestão da José de Mello Saúde o concelho de Vila Franca de Xira “nunca teria um hospital que é dos melhores do país”. E avisou: “Certamente que o governo através desta ministra saberá o que está a fazer”.
Helena de Jesus, vereadora da Coligação Mais, liderada pelo PSD, manifestou também a sua “mais profunda preocupação” com a situação. Recorde-se que na terça-feira, 10 de Setembro, o grupo José de Mello Saúde anunciou, através de um comunicado interno, que iria abandonar a gestão do hospital a 31 de Maio de 2021, data em que termina o contrato de parceria.
A decisão da entidade gestora do hospital surge depois de o Estado ter decidido não renovar, por mais dez anos, o contrato de PPP do Hospital Vila Franca de Xira. O governo propôs um alargamento até três anos anos mas a José de Mello Saúde não aceitou, por considerar que não estavam asseguradas as condições necessárias de estabilidade para apresentar um trabalho de qualidade a favor da população.
O Hospital Vila Franca de Xira foi inaugurado em Março de 2013 para servir as cerca de 250 mil pessoas dos concelhos de Alenquer, Arruda dos Vinhos, Azambuja, Benavente e Vila Franca de Xira.

Governo não descarta nova PPP

O governo, através da ministra da Saúde, Marta Temido, anunciou na última semana que não está descartada a possibilidade de ser reaberto, em 2021, um novo concurso público para uma nova parceria público-privada (PPP) no Hospital Vila Franca de Xira. A governante afirmou existirem “dois caminhos” para a gestão futura do hospital e não descartou alinhamentos com o sector privado.
“O que sabemos é que, a 31 de Maio de 2021, teremos que tomar um de dois caminhos: ou até lá preparamos um concurso público para uma nova PPP ou decidimos a internalização do hospital, ou seja, a reversão do hospital para a gestão pública como aconteceu recentemente no Hospital de Braga”, adiantou.
Marta Temido referia-se à decisão do grupo José de Mello Saúde, que comunicou que vai abandonar a gestão do Hospital Vila Franca de Xira no fim do contrato, em 2021. “Obviamente que é a posição do parceiro e nós estávamos exactamente à espera da decisão sobre a proposta que tínhamos feito - de que continuassem a garantir o funcionamento do hospital em termos de gestão clínica por mais dois anos renováveis e, eventualmente, por mais um”, mencionou.

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