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Nomeação para mesa de voto causa polémica em Samora Correia
Paula Rego

Nomeação para mesa de voto causa polémica em Samora Correia

Paula Rego, que vai presidir a uma mesa de voto nas próximas legislativas, é acusada de conduta imprópria quando foi suplente numa mesa de voto nas últimas eleições europeias. A visada, que é eleita da assembleia de freguesia, diz que se trata de jogadas políticas.

A nomeação de Paula Rego (autarca da Assembleia de Freguesia de Samora Correia eleita pelo PSD) para uma mesa de voto em Samora Correia nas próximas eleições legislativas está a causar polémica na cidade e nas redes sociais, devido aos desentendimentos em que a visada esteve envolvida com outras pessoas quando foi membro suplente de uma mesa de voto nas últimas eleições europeias.
A celeuma estalou agora depois de a delegada do PSD, Dora Morgado, ter indicado o nome de Paula Rego para presidente de uma das mesas de voto da freguesia de Samora Correia, nas eleições legislativas de 6 Outubro, apesar de existir uma participação assinada e entregue na Câmara de Benavente e Junta de Samora Correia a pedir o seu afastamento dessas funções após o que se passou nas eleições europeias em Maio.
Nessa participação - assinada pelos cinco elementos efectivos da mesa de voto das europeias em que Paula Rego foi suplente -, a visada é acusada de ter tido “um comportamento agressivo, falta de civismo e de cidadania para com a presidente da mesa, restante composição dos membros e eleitores”.
Júlia Sansana, na altura presidente dessa mesa de voto, diz a O MIRANTE que não consegue compreender como é que havendo uma participação contra, mesmo assim [Paula Rego] vai ser presidente de uma mesa de voto. “Não tem perfil para ser presidente de uma mesa de voto, nem noutra função qualquer pela forma como age e trata os colegas e os eleitores”, sublinha Júlia Sansana, que é também eleita do PS na assembleia de freguesia.
Segundo a autarca socialista, nas últimas europeias, ainda decorria o acto eleitoral quando Paula Rego gritou com ela e com dois idosos que exerciam o seu direito de voto. Já depois do fecho das urnas, e quando os delegados estavam em fase de escrutínio, Paula terá injuriado e tentado agredir Júlia Sansana, tendo sido impedida por outro delegado que se posicionou entre as duas.
Paula Rego diz ter outra versão dos acontecimentos que opta por não divulgar, mas garante estar “de consciência tranquila”. Refere ainda a O MIRANTE que não vai abdicar das funções para as quais foi nomeada, pois considera que estas acusações não passam de manipulação e estratégia política.
A participação foi também na altura entregue ao presidente da mesa da assembleia de freguesia, João Bento, mas o assunto não chegou a ser abordado durante a sessão pública. “Já todos sabiam da carta e resolveu-se não se falar sobre ela”, diz a O MIRANTE o presidente da junta, Augusto Marques (CDU), acrescentando que aquela autarquia não tem “condições para julgar essas situações” e que só a Comissão Nacional de Eleições (CNE) o poderia ter feito, caso Júlia Sansana tivesse relatado a situação na acta daquela mesa de voto, o que não se verificou.
Na reunião de delegados de todas as candidaturas concorrentes ao acto eleitoral, realizada a 9 de Setembro, não foram levantados entraves à nomeação de Paula Rego para ser presidente de uma das 19 mesas de voto, segundo afiança a
O MIRANTE Carlos Pernes (PS), um dos delegados presentes.

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