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Ajudas de custo ainda não chegaram aos bombeiros que estiveram em Moçambique

Governo deve 35 mil euros aos bombeiros do distrito de Santarém que em Março de 2019 estiveram em missão a ajudar as vítimas do ciclone Idai.

Os bombeiros voluntários e profissionais do distrito de Santarém que, em Março de 2019, viajaram para Moçambique com a missão de ajudar as vítimas do ciclone Idai ainda não foram ressarcidos pelo Governo das ajudas de custo a que têm direito. Em causa está uma dívida de 35 mil euros para com as três dezenas de bombeiros que participaram nas operações de resgate e apoio à população da Beira, uma das mais afectadas pela passagem do ciclone Idai.
A situação é confirmada a O MIRANTE pelo comandante dos Bombeiros Voluntários de Benavente, José Nepomuceno, que lamenta que “os bombeiros sejam o parente pobre” que passa para último lugar na lista de pagamentos do Governo. No caso desta associação humanitária, a dívida ronda os dois mil euros, fora o prejuízo que teve no arranjo do motor do barco que disponibilizou.
“Nunca nos foi dito que iríamos receber o que quer que fosse por esta missão, mas se entidades como o INEM e GNR são pagas, os bombeiros não podem ser excluídos”, sublinha José Nepomuceno, criticando que tenham de ser as associações a “suportar os custos de uma missão internacional”.
O ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, referiu na última semana, no Parlamento, que partilha da “incompreensão relativamente à dilação administrativa” e que o valor em causa “tem de ser pago a todo o cêntimo, independentemente de ser mais ou menos significativo”, estando já autorizado o seu pagamento que deverá ser feito nos próximos dias.
Foram 19 os bombeiros do distrito de Santarém que estiveram em Moçambique, a que se juntaram mais 10 operacionais da Força Especial de Bombeiros e militares da GNR. Além do resgate de pessoas, na zona da Beira, ajudaram no transporte de comida, recuperação de edifícios e na purificação da água.

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