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Fábrica de conversão de pneus usados instala-se este ano no Cartaxo
José Eduardo Carvalho, Pedro Magalhães Ribeiro e Germano Araújo Carreira na assinatura do contrato de instalação da BB&G no Valleypark

Fábrica de conversão de pneus usados instala-se este ano no Cartaxo

Empresa de capitais luso-americanos assinou um contrato para instalação de uma unidade fabril no Parque de Negócios do Cartaxo, onde vai investir seis milhões e criar quatro dezenas de postos de trabalho directos.


Uma fábrica que vai converter pneus usados em negro de fumo recuperado, hidrocarbonetos e gás de síntese vai instalar-se este ano Parque de Negócios do Cartaxo, num investimento a rondar os seis milhões de euros que deve criar 40 postos de trabalho directos.
O projecto da BB&G, empresa de capitais luso-americanos a actuar na área do ambiente, assenta numa tecnologia própria, patenteada, desenvolvida e testada pela empresa em conjunto com os parceiros da Universidade de Aveiro e a Proman Portugal, empresa responsável pela gestão da instalação da unidade industrial no Cartaxo.
De acordo com Germano Araújo Carreira, representante da empresa, o projecto, financiado pelo Portugal 2020, permitirá uma alternativa à reutilização de pneus usados, sob a forma de borracha triturada (livre de metal e têxtil), possibilitando a sua incorporação enquanto matérias-primas, em diversas indústrias, ou até na fabricação de pneus novos, promovendo a sustentabilidade ambiental.
O responsável adianta que se trata de um processo exclusivamente térmico, conduzido em contínuo, através da transferência de calor em ambiente anóxico. Os produtos obtidos serão o negro de fumo recuperado, duas fracções de hidrocarbonetos e gás de síntese. “Esta é uma tecnologia limpa, que não recorre a produtos químicos ao longo do processo nem gera desperdício, permitindo a reutilização de todos os produtos obtidos”, garante Germano Carreira.
Quanto ao destino a dar aos produtos produzidos no Cartaxo, o empresário da BB&G adianta que o negro de fumo recuperado será exportado para Espanha, embora uma parte seja vendida em Portugal, ao grupo Amorim. Os hidrocarbonetos (um gasóleo e uma gasolina que, depois de serem refinados, poderão ser vendidos aos postos de abastecimento) serão vendidos a uma refinaria, estando a empresa em conversações com a GALP. O último produto, o gás síntese, “será convertido em electricidade, através de um gerador, e 70% do produzido servirá para autoconsumo da unidade, sendo o excedente entregue à rede, através da EDP”, informou Germano Carreira.
José Eduardo Carvalho, presidente do Valleypark - Parque de Negócios do Cartaxo, destacou o âmbito inovador de todo o processo aprovado pelo Portugal 2020, com “a maior ponderação de mérito que um projecto no nosso país pode ter”. Já para o presidente do município do Cartaxo, Pedro Magalhães Ribeiro, a assinatura deste contrato é uma óptima forma de começar 2020 e poderá ser um prenúncio de novos investimentos no parque de negócios. O autarca reforçou ainda a preferência que será dada, em termos de recrutamento, aos munícipes.
A BB&G vai instalar-se no Parque de Negócios do Cartaxo ainda em 2020 e a laboração contínua (24 sobre 24 horas) deverá ter início no terceiro trimestre de 2021. A empresa tem sede social em Fátima mas irá transferi-la para o Cartaxo logo que a unidade esteja construída.
O contrato de instalação da unidade industrial no Valleypark foi assinado na tarde de quinta-feira, 16 de Janeiro, pelo presidente da Câmara do Cartaxo, Pedro Magalhães Ribeiro, o presidente da Valleypark, José Eduardo Carvalho, e pelo empresário Germano Carreira em representação da BB&G - Alternative Worldwide Environmental Solutions, nos Paços do Concelho do Cartaxo.

Fábrica de conversão de pneus usados instala-se este ano no Cartaxo

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