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Centenário de Bernardo Santareno comemorado por todo o país
Gulbenkian teve casa cheia no colóquio de homenagem ao dramaturgo

Centenário de Bernardo Santareno comemorado por todo o país

Bernardo Santareno nasceu há um século e a Fundação Calouste Gulbenkian organizou um colóquio de homenagem que reuniu actores e encenadores que recordaram o escritor, o médico e o antifascista que nasceu em Santarém e é considerado um dos maiores dramaturgos da literatura portuguesa.
Fernanda Lapa, actriz e encenadora, amiga e cúmplice de Bernardo Santareno, ao longo de uma grande parte das suas vidas, presidiu ao primeiro acto das comemorações que decorreram em Lisboa, a 18 de Janeiro, num dos auditórios da Fundação, com a presença de muitos Scalabitanos e de familiares do escritor autor de A Promessa e de O Pecado de João Agonia.
Usaram da palavra para testemunharem sobre o homem e escritor Vicente Batalha, Carlos Avilez, Luís Castro, José Manuel Mendes e Antoniano Solmer, entre outros.
O colóquio decorreu ao longo do dia e terminou com a projecção de um documentário da RTP com mais de duas décadas, que retrata uma boa parte do percurso de vida de Bernardo Santareno.
Antonino Solmer, actor e encenador, nascido em 1950, foi dos que testemunhou uma vivência mais profunda com o autor de O Lugre, falando de Santareno e do grupo a que pertenciam como “os discretos combatentes”.
“Bernardo Santareno era um homem bom, inteiro, sábio, solidário, emotivo e sonhador,” disse. Fernanda Lapa acrescentou à sua personalidade estados de alma que variavam, como é próprio dos grandes criadores, mas assumiu que tinha sempre tempo para ajudar os outros e para partilhar a sua vida e os seus conhecimentos.
Bernardo Santareno, pseudónimo de António Martinho do Rosário, morreu a 29 de Agosto de 1980, com 59 anos de idade, tendo deixado inédito um dos seus mais vigorosos dramas, “O Punho”, cuja acção se passa no quadro revolucionário da Reforma Agrária, no Alentejo.
As comemorações do centenário vão ter um vasto programa em Santarém, ao longo de todo o ano de 2020, mas também um pouco por todo o país com maratonas de leitura, reposição de algumas das suas peças mais importantes, início da edição da sua Obra Completa, entre dezenas de iniciativas.

Centenário de Bernardo Santareno comemorado por todo o país

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